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Na ilha de Sulawesi, na Indonésia, se encontram as mais antigas obras de arte produzidas pela humanidade que se tem notícia – e as mudanças climáticas ameaçam atualmente desaparecer com tais joias arqueológicas. Nas cavernas de calcário e nos depósitos rochosos de Maros-Pangkep, na ilha, pinturas rupestres datam de mais de 40 mil anos atrás, incluindo uma incrível pintura de uma mão e a mais antiga cena de caça pintada já descoberta, em cálculo realizado por radiocarbono – mas tais pinturas estão desaparecendo por conta da fragmentação de rochas e minerais, acelerada pelas mudanças climáticas.
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O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, e liderado pela especialista em conservação de arte rupestre Jilian Huntley, da Universidade Griffith, na Austrália, e concluiu que o fenômeno da fragmentação, intitulado haloclastia, vem degradando obras rupestres em 11 cavernas em Maros-Pangkep, na parte sul da ilha. O fenômeno se dá por conta da presença de cristais salinos, que surgem quando as rochas absorvem sais das águas em contato com a caverna e, a partir da evaporação, formam-se os cristais: as mudanças de temperatura dentro das cavernas fazem com que tais cristais inchem e encolhem, causando assim as fissuras nas rochas – e nas pinturas.
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A haloclastia faz com que a superfície das rochas se transforme em pó, ou se separe das paredes, colocando assim as pinturas rupestres mais antigas do mundo e um dos mais importantes sítios arqueológicos do planeta sob ameaça de extinção. O aumento das temperaturas por conta das mudanças climáticas faz com que os sais que provocam a degradação das pinturas de Sulawesi inchem em até três vezes mais do que o tamanho original. Segundo consta, em apenas cinco meses um dos painéis das cavernas perdeu espaços visíveis, em dimensões de centímetros, por conta do processo.
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“Análises mostram que a haloclastia não está apenas fragilizando quimicamente as superfícies das cavernas”, afirma Huntley em comunicado. “O crescimento dos cristais salinos atrás das rochas está fazendo com que haja uma descamação. A degradação da arte rupestre deve piorar com o aumento da temperatura global”. As pinturas estão sendo registradas em digitalização 3D, mas a manutenção das obras de arte mais antigas já descobertas feitas pela humanidade está diretamente ligada à redução do impacto ambiental – e, portanto, das mudanças climáticas – provocado pela ação humana: não só o nosso futuro está ameaçado, mas também o nosso passado.
As cavernas em Sulawesi são um dos mais importantes sítios arqueológicos do planeta
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