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Se muitos instrumentos musicais funcionam através de cordas, como seria a sonoridade se os fios de uma teia de aranha fossem como cordas de uma harpa ou de um violão? Como é a música das aranhas? Essa é a curiosa pergunta que um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) procurou responder em um novo experimento.
Para tal, teias de aranha serviram de modelo para o desenvolvimento de encordoamentos vibrantes capazes de gerar som – de gerar música. A pesquisa foi apresentada por Markus Buehler, professor de engenharia do MIT, e sua equipe em uma conferência da American Chemical Society dedicada aos profissionais da indústria química, e tem como objetivo, segundo Buehler, “expandir a forma como geramos som na música e como compomos música”, em relato ao site Digital Music News.
Os padrões das teias serviram de base para a música tal qual uma partitura © Pixabay
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A música gerada pelo projeto foi acompanhada de vídeos em 3D, ilustrando o funcionamento das teias enquanto instrumentos e a lógica estabelecida para o desenvolvimento dos sons. O professor trabalhou com sons e intervalos reconhecíveis pela audição humana, e criou padrões gráficos para estabelecer a duração, a amplitude e a região de cada nota – tornando, assim, o grafismo das teias em uma efetiva partitura musical.
“Você ouve algo que no começo soa bastante dissonante para o ouvido humano”, diz Buehler. “Mas depois de passar algum tempo na ‘teia’, torna-se estranhamente familiar”. Cada “corda” das teias foi transformada em um modelo interativo capaz de reproduzir sons diversos – como em um instrumento de fato.
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Alguns especialistas reconhecem na “música” das aranhas a sonoridade de uma dissonante orquestra de sinos; outros perceberam semelhança com a trilha incidental de uma sequência cinematográfica de suspense ou terror – ouve quem reconhecesse sonoridade semelhante à introdução da clássica “Time”, canção da banda inglesa Pink Floyd. “[As aranhas] são essencialmente cegas, então elas experimentam o mundo é efetivamente pelas vibrações, seja pela teia como um gigante receptor de vibrações, ou se comunicando umas com as outras”, diz o professor.
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O interessante resultado do experimente pretende inspirar outros projetos semelhantes, relacionados à música e à criação de sons e sistemas. “Isso mostra que nosso sistema de referência humano não é o único”, diz Buehler. “Para algo como uma aranha, existe uma maneira totalmente diferente de experimentar o mundo, e agora temos a capacidade de ver isso”. O próximo passo do projeto é retornar aos laboratórios com o cientista argentino e colaborador Tomás Saraceno para registrar as reações das próprias aranhas às versões feitas por humanos para sua música.
O próximo passo da pesquisa é registar a reação das aranhas à música © Pixabay
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