Debate

Traficante membro do cartel de Medellín é preso na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro

05 • 05 • 2021 às 19:47
Atualizada em 12 • 05 • 2021 às 22:04
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

O colombiano Efe Sullivan Loaiza Durango, de 36 anos, foi preso pela Polícia Federal em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, como traficante internacional e um dos coordenadores de logística para compra, venda e transporte de drogas do Cartel de Medellín. Durango mantinha negócios no Rio, mas controlava o caminho da cocaína, heroína, morfina e metanfetamina da Colômbia para principalmente os EUA, e vivia no Brasil há cinco anos.

O traficante colombiano Efe Sullivan Loaiza Durango

O traficante preso no Rio coordenava, segundo a PF, parte da logística do Cartel © PF/reprodução

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Segundo a Polícia Federal, Durango era desde outubro um dos sócios e administradores de uma empresa de montagem de andaimes na cidade da Baixada Fluminense, no Rio, mas agia de fato como agiota e coordenador de um dos maiores cartéis de tráfico do mundo. O colombiano foi condenado nos EUA em 2019 pelos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas, e estava em lista de foragidos da Interpol. O nome de Durango consta em uma lista publicada no Diário Oficial em julho de 2015 como um estrangeiro autorizado a permanecer no país pela Secretaria Nacional de Justiça.

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A suspeita recente foi levantada quando o colombiano tentava recentemente regularizar sua permanência no Brasil, e através de investigação da PF foi confirmado que ele estava foragido. Sua prisão foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal, e formulada pelo Escritório Central Nacional da Interpol em Brasília. Durango será encaminhado para prisão a fim de ser extraditado para os EUA e cumprir a pena a qual foi condenado no país.

O Cartel de Medellín

Fundado no início dos anos 1970 por Pablo Escobar, o Cartel de Medellín se tornou a maior organização criminosa do mundo por mais de 20 anos. No auge de suas atividades, o Cartel chegou a lucrar 60 milhões de dólares por dia com o tráfico de drogas, em um orçamento que levantava até 20 bilhões de dólares por ano.

A cidade de Medellín

A cidade de Medellín funciona desde os anos 70 como um dos centros do tráfico de drogas global © Getty Images

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Pablo Escobar foi morto em 1993, e o Cartel perdeu bastante sua força, chegando a ser dado como extinto – nos últimos anos, porém, ficou claro que uma nova versão da organização possui hoje imenso poder e lucratividade.

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