Uyra Sodoma: drag da Amazônia, arte-educadora, ponte entre mundos, filha do diálogo

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Biólogo, arte-educador, drag queen: esse é Emerson Munduruku, jovem amazonense que criou Uyra Sodoma, a drag queen amazônica, performer artística e ponte entre mundos, ou como ele mesmo descreve, uma árvore que anda.

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Emerson Munduruku, o homem por trás da árvore que anda, Uyra Sodoma

O personagem surgiu em 2016, durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O biólogo viu em Uýra Sodoma uma forma de educar e conscientizar as pessoas sobre a preservação amazônica – tema tão em voga há anos – e os direitos LGBTQIA+.

Ele enxerga Uyra como uma ponte entre mundos. “Eu gosto do termo ponte, do simbólico que a ponte propõe. Ela junta lados, ela se propõe a ser conexão de ambos, não é em cima do muro, pelo contrário, é entendendo essas diferenças, entendendo essas histórias”, afirma Uyra no documentário #ContosdeVidaeNorte.

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Através de suas performances, Uýra Sodoma mostra uma arte LGBT de resistência em defesa da flora, da fauna e do povo amazônico. Seja nas ruas e praças de Manaus, seja nas galerias de arte, Uyra traz o retrato em carne e planta desse Brasil.

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Veja um vídeo do Instituto Moreira Salles sobre Uýra e sua obra:

“Quando a Uýra surge, em 2016, eu já estava saturado e com muita fome, sede, de levar a pauta de conservação da vida para outros lugares e entendendo essa vida não somente como a vida do bicho, da planta, da floresta, mas da travesti, da preta, do periférico. A vida de modo amplo, mesmo”, conta à Select.