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Uma reportagem da BBC mostrou como o machismo estrutural opera na ciência. A matéria, chamada ‘Novas pesquisas reforçam a busca pela camisinha perfeita‘ citou diversas iniciativas de pesquisa científica para desenvolver preservativos masculinos que sejam mais confortáveis para pessoas com pênis que utilizam a camisinha, que também protege contra Infecções Sexualmente Transmissível (ISTs).
Contraceptivos já funcionam bem, mas ciência quer melhorá-los ainda mais: será que não é hora de discutir responsabilidade na gravidez e na saúde sexual?
No Twitter, a usuária @ludelfuego questionou o fato do investimento tão grande ser feito em um método contraceptivo que já funciona em detrimento de várias questões da saúde reprodutiva de pessoas que menstruam.
Os doloridos exames de mamografia e papanicolau foram citados para exemplificar a falta de desenvolvimento de tecnologias que simplifiquem e tornem a saúde ginecológica menos dolorida.
pra criar um exame de mamografia e um papanicolau mais confortável, um anticoncepcional feminino que não te cause trombose ninguem se mexe né? https://t.co/qCkefy2guu
— Ludelfuego (@ludelfuego) June 19, 2021
É claro que o desenvolvimento de camisinhas mais seguras e confortáveis é um tema importante que pode prevenir ainda mais as pessoas de infecções sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. É estimado que, até hoje, as camisinhas preveniram mais de 45 milhões de casos de AIDS no mundo todo.
Entretanto, algo mais efetivo do que o desenvolvimento de camisinhas mais tecnológicas seria o incentivo de seu uso. Um estudo do Ministério da Saúde de 2018 mostrou que apenas 56% dos jovens entre 15 e 24 anos utilizavam o preservativo e também estabeleceu a correlação de que os casos de HIV dobraram nessa faixa etária entre 2008 e 2018.
Por boa parte dessa geração não ter passado pela epidemia de HIV dos anos 80 e as campanhas governamentais para os temas de saúde sexual diminuírem, o cuidado contra as ISTs se tornou cada vez mais relaxado.
Além disso, falta responsabilização por parte dos homens cis na hora da contracepção. Existem dezenas de anticoncepcionais masculinos prontos para uso que são rejeitados pela indústria farmacêutica por conta de seus leves efeitos colaterais – em alguns casos até menos agressivos do que dos anticoncepcionais femininos.
– Embalagem de camisinha que só pode ser aberta a dois alerta sobre sexo consensual
O desenvolvimento de novas tecnologias para a saúde das pessoas que menstruam deveria ser prioridade, mas em um mundo em que a maior parte dos laboratórios e a maior parte das empresas do ramo farmacêutico é dominado por homens cis, é necessário lutar muito por uma ciência menos patriarcal.
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