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Depois de sentir os efeitos colaterais da vacina AstraZeneca que tomou contra a Covid-19 no início do ano, o guitarrista inglês Eric Clapton agora sente as reações pelas posições que tomou durante a pandemia. Contrário às medidas de lockdown, tendo lançado em parceria com Van Morrison uma canção que se opõe às restrições tomadas pelo governo britânico para conter a doença no país, Clapton também se posicionou em forte crítica à vacina – e agora afirma ter sido deixado ao ostracismo por amigos e até por sua família por conta de suas opiniões. Segundo afirmou em entrevista ao canal de YouTube Oracle Films, suas falas, de cunho negacionista, conspiratório e antivacina, afetaram fortemente suas relações pessoais.
Clapton se apresentando na arena 02 em 2020 © Getty Images
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“Tentei entrar em contato com outros músicos, mas simplesmente não tenho mais notícias deles”, afirmou o músico. “Meu telefone não toca, não recebo mais e-mails, é bastante perceptível”. Misturando de forma confusa os dilemas políticos do país, como o Brexit e o governo atual, com a pandemia – sugerindo, assim, tons conspiratórios ao acontecimento do novo coronavírus – e sem apresentar fatos ou provas para sustentar suas posições, na entrevista Clapton afirmou ter um bom “detector de besteiras” para tais questões. “É tudo intuitivo pra mim, eu não sou um acadêmico, não sei nada de fato sobre sociologia, sobre ciência, eu sou um músico”, admitiu, apresentando até mesmo canais conspiratórios de YouTube como base de sua pesquisa.
O artista apresentou ideias confusas e conspiratórias em entrevista ao canal Oracle, no YouTube © reprodução
O próprio Clapton diz, na entrevista, que o ponto de partida para suas reflexões foi pessoal e mesmo, em suas palavras, “egoísta”: aos 76 anos, ele diz não saber até quando será capaz de tocar, e que estava prestes a sair para uma turnê mundial quando a pandemia cancelou todos os compromissos. Um “medo terrível” de agulhas também é apresentado como elemento para seu temor da vacina, em uma grande confusão de temas. O artista afirmou sofrer de neuropatia periférica, que tira a sensibilidade das extremidades do corpo, e disse que os efeitos colaterais da vacina o fizeram temer ter de deixar de tocar para sempre.
Clapton afirma ter sido posto em ostracismo por suas opiniões – até mesmo por familiares © reprodução
“Avacina pegou meu sistema imunológico e o sacudiu, me assustou muito”, disse na entrevista. “Desnecessário dizer que as reações foram desastrosas, minhas mãos e pés estavam congelados, dormentes ou queimando, e praticamente inúteis por duas semanas, eu temi nunca mais tocar. A propaganda dizia que a vacina era segura para todos”, complementou. O próprio artista admite, no entanto, que ficou bem após algum tempo, mas que ficou assustado por não saber quanto tempo os efeitos iriam durar.
O músico no lançamento do documentário sobre sua vida em 2018, em Nova York © Getty Images
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Apesar da continuidade da vacinação no Reino Unido, que vem enfim apresentando queda nos casos e óbitos pela doença e, com isso, retirando as medidas restritivas, o músico mantém sua posição, em nome, segundo ele, da liberdade. “Acima de tudo, acredito na liberdade de expressão e movimento. E na vida, no amor e na gentileza. Eu vi desprezo dos dois lados e fui pego por este fogo cruzado”, afirmou. O governo inglês não comentou as posições do artista, mas disse que as mais de 56 milhões de doses de vacina aplicadas estão “salvando milhares de vidas por meio do maior programa de vacinação já realizado no país”.
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Essa não é a primeira vez que Clapton se envolve em polêmicas públicas por emitir opiniões ofensivas: para declarar apoio ao ex-ministro conservador Enoch Powell durante um show em Birmingham, em agosto de 1976, o guitarrista afirmou um extremo discurso racista e xenófobo. Clapton afirmou na ocasião que o Reino Unido estava “superpovoado” e que era importante votar em Powell para que o país não se transformasse em uma “colônia negra” e se livrar “dos estrangeiros e dos pretos”.
The Clash em show durante o festival Rock Against Racism, em 1978 © Facebook/Joe Strummer
Nos anos seguintes, o movimento Rock Against Racism (Rock contra o racismo) respondeu às posições de Clapton com declarações e grandes festivais – reunindo artistas como The Clash, Steel Pulse, Tom Robinson Band e mais para concertos com mais de 80 mil pessoas em Londres – a fim de lembrar das raízes negras da música britânica e se posicionar contra o racismo no país. Quando do lançamento do documentário Eric Clapton: Life in 12 Bars, sobre sua vida, em 2018, ao comentar o evento Clapton afirmou que o abuso de álcool e drogas o levou a tal comportamento, e em entrevista afirmou que “sabotava tudo em que se envolvia” e que sentia “vergonha” dos comentários, pelos quais pediu desculpas diversas vezes.
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