Debate

Filho de Eliza Samudio quer encontro cara a cara com goleiro Bruno

11 • 06 • 2021 às 10:53
Atualizada em 14 • 06 • 2021 às 11:30
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Em entrevista ao jornal Extra, a mãe de Eliza Samudio, jovem que foi assassinada pelo goleiro Bruno em 2010 por uma questão envolvendo pensão alimentícia, revelou que Bruninho Samúdio, filho do homicida com a vítima, deseja confrontar o pai sobre o crime e sofre graves consequências psicológicas causadas pelo crime brutal de feminicídio.

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A ex-sogra de Bruno afirmou que, aos 11 anos, a criança se sente culpada pela morte da mãe e também disse que, mesmo após os crimes, a criança não recebeu um centavo de pensão alimentícia do ex-jogador.

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“Dia desses, ele me questionou sobre a morte da mãe porque se sente culpado pelo crime. Nunca tinha visto ele se revoltar ou ficar tão abalado. Vi meu neto socar o colchão dele com força… Disse que ele não é culpado de nada. O único culpado nessa história é o pai”, afirmou Sônia Moura, mãe de Samudio.

“O processo de pensão alimentícia foi aberto quando minha filha ainda estava viva. Até hoje, Bruno não depositou um centavo para o filho. Nenhum oficial de Justiça consegue citá-lo. O curioso que até eu tenho o endereço dele e o judiciário não… Tentei receber para meu neto o auxílio reclusão que os filhos de preso têm direito e isso também foi negado. Todos os direitos do Bruninho foram violados desde antes de seu nascimento”, desabafa a avó materna.

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Mas Bruno deseja confrontar o pai. Aos 11 anos de idade, treina em categorias de base como goleiro e já calça 41, tamanho surpreendente para sua idade. Mas a criança afirmou que só vai confrontar o assassino de sua mãe quando tiver altura para “vê-lo olho no olho.”

Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos de cadeia por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Hoje, o jogador cumpre sua pena em regime semi-aberto e disputa a série C do campeonato carioca pelo Atlético Carioca.

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