Debate

Lázaro está morto e vídeo de policiais celebrando causa incômodo nas redes

28 • 06 • 2021 às 14:34 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A morte de Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, foi confirmada pela Polícia Civil na manhã de hoje. De acordo com Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Lázaro teria sido baleado após resistir à prisão em ação no município de Cocalzinho (GO). 

Conhecido como “Serial Killer da DF”, Lázaro estava foragido há mais de 12 dias, acusado de matar uma família no Distrito Federal, além de ter cometido outros crimes em Goiás.  A megaoperação para a captura do criminoso contou com mais de 270 policiais, além de cobertura constante da mídia, que esbarrou em preconceitos como racismo religioso

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‘Caso Lázaro’ se transformou em reality show

Outro capítulo do “Caso Lázaro” foi a comemoração dos policiais que participaram dos 20 dias de buscas pelo homem de 32 anos. Moradores de Águas Lindas e de Cocalzinho de Goiás soltando fogos após a notícia da captura. 

A cobertura midiática foi vista com exagero por diferentes setores sociais. Os programas policiais não falavam em outra coisa a não ser a fuga de Lázaro. Vídeos circulando nas redes sociais mostram o que seria o corpo do homem sendo carregado por policiais até uma ambulância. O debate nas redes foi intenso na manhã desta segunda-feira. 

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As pessoas demonstraram incômodo com a celebração dos policiais, como se o caso tivesse sido resolvido com a morte de Lázaro. Outro internauta apontou para o fato de não existir pena de morte no Brasil.

Cronologia

A busca por Lázaro Barbosa de Sousa começou no último dia 9 de junho, momento em que ele foi apontado suspeito de ter invadido uma chácara, no Incra Nove, às margens da BR-070 no Distrito Federal. Na fuga, Lázaro teria roubado um carro e ido até a cidade de Cocalzinho de Goiás, a 80 km de distância.

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A Polícia Civil diz que Lázaro teria matado pelo menos quatro pessoas no período, Cláudio Vidal, de 48 anos, e seus dois filhos, Gustavo Marques, de 21, e Carlos Eduardo, de 15. A esposa de Cláudio, Cleonice Marques Vidal, de 43 anos, foi sequestrada, mas conseguiu mandar uma mensagem de socorro aos parentes. A mulher ficou desaparecida até que o corpo foi encontrado em um córrego localizado no Sol Nascente, no dia 12 de junho.

Vídeo com policiais celebrando morte de Lázaro causou polêmica

Informações da força-tarefa dão conta de que, durante os dias de perseguição que se seguiram, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, trocou tiros e baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). Em uma das fazendas, ele chegou a fazer uma família (os pais e uma adolescente de 16 anos) refém. Durante o sequestro, o criminoso exigiu que todos andassem em um córrego para não deixar rastros. Em outra casa, obrigado feito uma mulher cozinhar para ele antes de fugir novamente. 

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A busca utilizou drones, helicópteros, rádios comunicadores, cães farejadores e até um caminhão com uma plataforma de observação elevada de videomonitoramento. A notícia da captura e morte de Lázaro foi dada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Lázaro Roberto, diz o governo de Goiás, estava com pouco mais de R$ 4 mil reais em espécie quando foi encontrado.

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Fotos: foto 1: Divulgação / PC-DF/foto 2: Reprodução


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