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A primeira vez que Karim Aïnouz ouviu falar sobre Madame Satã foi com a biografia que Rogério Durst escreveu. O livro despertou no cineasta pernambucano o desejo de colocar a história de João Francisco dos Santos (1900-1976) nas telas. Em 2002, o malandro, artista e travesti da Lapa ganhou seu longa, elogiado pela crítica nacional e internacional, e deu um passo importante para a representatividade LGBTQIA+ no cinema brasileiro.
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“É um filme antes de qualquer coisa sobre a exclusão e sobre intimidade“, definiu o diretor, em entrevista à “TV Brasil”, na época do lançamento do filme. O longa retrata a vida boêmia de Madame Satã, uma figura emblemática na Lapa carioca no século XX, e mostra seus relacionamentos tanto com mulheres, quanto com homens de forma afetuosa, como poucos filmes haviam feito até então por aqui. O que interessava ao diretor era mostrar relações amorosas e de afeto e, com isso, quebrar preconceitos.
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A figura de Madame Satã — que herdou o nome do filme de Cecil B. DeMille após ser chamado assim quando participou de um concurso de fantasias de carnaval — foi levada ao cinema com a intenção de falar sobre exclusão e intimidade. Nascido em 25 de fevereiro de 1900, em Pernambuco, ele veio para o Rio de Janeiro após ser trocado por uma égua pela família, em que vivia com a mãe e os 17 irmãos após a morte do pai.
“Para construir ele a gente buscou a fidelidade aos sentimentos que eram propostos. Acesso ao material de como era o Madame Satã, como ele falava, como ele andava, eu tive, mas o grande condutor da construção desse personagem foram os sentimentos que foram propostos ali, e precisava ser muito visceral e muito sincero no que estava sendo construído“, contou um jovem Lázaro, que deu vida ao personagem, em 2002.
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Naquele mesmo ano, Lázaro revelou, em entrevista à “Folha de SP”, que não tinha como entender de forma completa a personalidade de Madame Satã.
“Não posso compreender alguém que foi trocado por uma égua quando criança e que se transformou numa pessoa violenta e carinhosa ao mesmo tempo. Para mim, é mais importante entender o que ele significou: a resistência de uma pessoa que nasceu 12 anos após a libertação da escravatura; que tinha como única arma o próprio corpo e que o utilizou para sobreviver, seja lutando, seja dançando, seja explorando sua sensualidade.“
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