Ciência

Múmias submetidas a tomografia surpreendem com resultado de que não são humanas

15 • 06 • 2021 às 18:22
Atualizada em 27 • 08 • 2021 às 10:16
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Cientistas e pesquisadores do Museu Marítimo Nacional de Haifa, em Israel, se surpreenderam com os resultados de uma tomografia feita em duas múmias do acervo local. Os dois “corpos” estavam guardados dentro de sarcófagos datados de mais de dois mil anos atrás e que estavam há 50 no museu. O exame médico atestou que os restos mortais ali encontrados não eram humanos. 

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No lugar do que eles imaginavam ser um par de corpos humanos, estavam uma figura de 45cm feita de lama e grãos projetada para parecer o deus Osíris e uma ave – possivelmente um falcão – sem uma pata e vários órgãos do corpo. 

Segundo Ron Hilel, diretor de acervo do Museu de Haifa, era comum que se fizessem bonecos em homenagem aos deuses durante os festivais que aconteciam no antigo Egito ao longo do ano. “Seria uma mistura de argila ou areia com grãos e aí eles mergulhavam na água para os grãos germinarem”, explicou, em entrevista ao “Live Science”. 

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Na mitologia egípcia, o Osíris é o deus da vegetação e da vida após a morte, dois conceitos que giram em torno de ciclos e renascimentos. A crença era de que esses bonecos amarrariam Osíris à morte, à vida e à fertilidade. Já o pássaro com cerca de 25cm de comprimento representaria o deus Hórus. Na crença egípcia, ele era representado com cabeça de falcão. 

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A equipe do Museu Marítimo Nacional de Haifa estava catalogando seu acervo quando perceberam que não sabiam exatamente o que estava dentro daqueles sarcófagos. Os registros indicavam que as múmias tinham corações humanos. Porém, nem sempre os corpos eram enterrados com seus corações por conta de uma crença de que o peso do órgão poderia definir seu destino após a morte. 

Graças aos exames de tomografia, a equipe pode atestar que não se tratavam de restos mortais humanos. A intenção agora é analisar os artefatos com carbono-14 para identificar, com exatidão, o período histórico ao qual eles pertenciam. 

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Fotos: Rambam Health Care Campus


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