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Um acervo virtual, preparado e gerido por pessoas de todo o Brasil e dedicado ao resgate histórico da memória trans no Brasil. Essa é a mensagem por trás do Museu Transgênero de História e Arte (Mutha), o primeiro do tipo no Brasil e vanguarda na América Latina.
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Criado pelo pesquisador Ian Habib, o Mutha começou a tomar forma no começo de 2020, mas só no fim do ano é que o projeto começou a sair do papel de fato. Com a entrada da primeira verba, foi possível organizar um sarau com dez artistas e levantar o que hoje é o museu. Por meio da página do museu no Instagram é possível acompanhar as novidades.
A primeira exposição, dividida em duas partes “Transespécie” e “Transjardinagem” já foi inaugurada e pode ser acessada de forma virtual. Ela é formada por obras de artistas da Bahia e de outros estados brasileiros. Para visitá-la, basta clicar aqui.
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O pesquisador Ian Habib é criador do Mutha.
“Uma Transjardinagem é uma jardinagem que pretende resgatar memórias das ruínas de séculos de destruição; investir em (re)escritas históricas de processos que foram apagados desde o período colonial, suprimidos pela ditadura brasileira em outras configurações e perduram como tentativas de extermínio até os tempos atuais”, explica Ian.
O Mutha é um museu que pretende catalogar dados sobre a população transgênero no Brasil, seja ela do passado ou presente, e ainda apresentar possibilidades para “um novo futuro”.
“Falar de História é falar de um passado, presente e futuro coexistente. Se a gente faz um resgate do passado no presente, a gente possibilita um novo futuro. Nesse sentido, o Mutha, através de um resgate histórico, ele pretende dizer: ‘nós sempre existimos’. A transgeneridade não existe em um momento específico da História, pessoas trans sempre existiram”, explica Ian Habib, pesquisador e criador do projeto, em entrevista ao “Hypeness”.
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Para ele, o Mutha oferece uma oportunidade de independência para essa parcela da população LGBTQIA+. Além de exposições interativas e virtuais, uma das iniciativas do Mutha é coletar dados de pessoas trans de todo o país para que se construa um arquivo de empregabilidade.
Funcionaria assim: um homem trans atua como tatuador em São Paulo, por exemplo. Basta se cadastrar no portal do Mutha para que, quando alguém buscar por um profissional de tatuagem, ele seja localizado.
“A gente quer mostrar que nós sempre existimos. Obviamente as denominações vão mudando, mas a gente sempre existiu. A gente pensa o Mutha como uma espécie de tecnologia que promove uma justiça epistêmica. As pessoas trans nunca tiveram vozes em museus cisgêneros”, diz o pesquisador.
Na montagem de seu acervo histórico, o Mutha abriu uma chamada para receber material de todo o país, vindo de pessoas trans ou cis. “Se você é uma pessoa cis, mas tem um amigo de 70 anos que é trans e esse amigo te deu um objeto e você quer doar para o museu, você pode”, explica.
Para os próximos meses, a equipe do Mutha espera abrir uma loja virtual que comercialize e apoie trabalhos de pessoas trans. “Se os museus não querem os trabalhos de pessoas trans no geral, nós vamos ter uma galeria para vender esses trabalhos. Isso é um processo de justiça epistêmica, ou seja, de valorizar as narrativas das pessoas trans e também de justiça financeira”, ressalta.
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