Inspiração

Parada LGBTQIAP+: fotos mostram como foram as primeiras edições da marcha em NY

11 • 06 • 2021 às 13:13
Atualizada em 01 • 06 • 2022 às 10:03
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A Parada LGBTQIAP+ como conhecemos hoje tem suas origens diretas em Nova York, em 1970, quando a primeira marcha, então intitulada Christopher Street Celebration Day, caminhou para marcar um ano das revoltas de Stonewall, ocorridas em 28 de junho de 1969, na cidade. Desde então, as celebrações ganharam o tema do orgulho, tornaram-se globais e se unificaram no dia 28 de junho em todo o mundo como uma das mais pungentes, importantes e massificadas manifestações políticas da modernidade.

Bandeira da liberação gay na primeira parada gay, em 1970

Bandeira da liberação gay na primeira parada, em 1970

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Em celebração à força das tantas marchas do orgulho LGBTQIAP+, a revista do museu Smithsonian reuniu algumas fotos das primeiras edições da marcha, ainda na década de 1970 – e que ilustram essa matéria. Inclusivas e afirmativas, as paradas ocorreram no primeiro ano, além de Nova York, em Chicago, São Francisco, Los Angeles, Boston e outras grandes cidades dos EUA – reunindo militantes, participantes, mas também grupos de pais e parentes de homossexuais que aderiram orgulhosamente ao movimento.

A primeira parada de Boston, também em 1970

A primeira parada de Boston, também em 1970

A parada da Christopher Street Gay Liberation Day marchando por Nova York em 1971

A parada da Christopher Street Gay Liberation Day marchando por Nova York em 1971

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Diferentemente de manifestações afirmativas anteriores, que pregavam a sobriedade e uma postura discreta entre os participantes, a partir de 1970 as marchas iniciaram uma nova era – com alegria, demonstrações de afeto e amor, orgulho e afirmação não só liberadas, mas também vistas como armas de segurança, inclusão e convocação. No Brasil a primeira grande manifestação equivalente só ocorreria 27 anos depois, em 1997, com a primeira Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de São Paulo, reunindo cerca de 2 mil pessoas.

Cartazes da causa lésbica na parada em Nova York em 1971

Cartazes da causa lésbica na parada em Nova York em 1971

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Hoje, em compensação, ela é reconhecida como uma das maiores em tamanho do mundo, e o segundo evento que mais atrai turistas no Brasil, perdendo somente para o carnaval do Rio – segundo o Guinness, em 2006 as 2,5 milhões de pessoas que marcharam por São Paulo confirmaram a Parada paulista como a maior do mundo.

As revoltas de Stonewall

O principal nome por trás da organização da primeira edição da parada, em 1970 na cidade de Nova York, é a ativista Brenda Howard, que reuniu algumas centenas de pessoas para marcharem por cerca de 15 blocos de Nova York e lembrarem os ataques policiais contra o bar Stonewall Inn, ocorridos em 28 de junho de 1969. O bar era receptivo às populações LGBTQIA+ da cidade, e nesse dia os presentes enfrentaram a polícia em seu ataque motivado exclusivamente pela homofobia e o preconceito.

Um casal na parada da Christopher Street Gay Liberation Day em Nova York em 1971

Um casal na parada da Christopher Street Gay Liberation Day em Nova York em 1971

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A partir de então, as chamadas “Revoltas de Stonewall” se tornaram um marco da luta da comunidade contra o preconceito e a perseguição – em Nova York e em todo o mundo.

Um grupo marchando na parada de Nova York em 1971

Um grupo marchando na parada de Nova York em 1971

Mães e pais orgulhosos de seus filhos homossexuais na parada de Nova York em 1973

Mães e pais orgulhosos de seus filhos homossexuais na parada de Nova York em 1973

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