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Parente direta das laranjas, tangerinas e limões, uma espécie de planta descoberta recentemente pode apontar para a origem da Mata Atlântica, há milhares de anos. Assim, a família Rutaceae ganhou as irmãs Dryades, numa homenagem as Dríades, ninfas da floresta da mitologia grega. Mas não é só por aí que acaba a referência na Grécia.
Lá no século XIX, quando o botânico alemão Carl Friedrich Philipp von Martius fez expedições pelo Brasil, nomeou o domínio da Mata Atlântica de Dríades. O nome da nova espécie traz também uma celebração aos 201 anos dessa viagem que trouxe descobertas importantes para as áreas de botânica, zoologia e etnografia.
Até então, as Dryades faziam parte do gênero Conchocarpus, mas em um estudo liderado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, foi identificado que elas compõe um gênero completamente novo.
Segundo o professor Milton Groppo, do Departamento de Biologia da FFCLRP, líder do estudo, é possível entender a formação de ambientes através do DNA das plantas. E mais: pode auxiliar na construção de áreas de conservação de todo o tipo de espécie, seja animal ou vegetal.
Quando falamos das Dryades, existem duas espécies que podem evitar a extinção: as Dryades concinna e Dryades hirsuta. Ambas vivem onde todos gostaríamos de estar, na Bahia. Mas precisamente ao sul, em Itacaré e Ilhéus.
“Plantas não melhoradas geneticamente, como estas do gênero Dryades, podem conter princípios ativos com potencial de utilização como defensivos agrícolas naturais, pois podem fornecer genes para plantas cultivadas que passam a ser mais resistentes às pragas ou ainda genes que poderiam aumentar a produtividade. As linhagens de batatas selvagens dos Andes são um bom exemplo de plantas utilizadas no melhoramento genético da batata que consumimos”, conta o professor ao Jornal da USP.
A devastação e possível extinção não acontece só no caso das Dryades. O bioma como um todo vem sofrendo com o desmatamento há séculos. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, o que vemos hoje representa 17% da vegetação original.
Um dos animais que ilustra nossas cédulas, o mico-leão-dourado, está na nota de R$ 20 desde 2002 para falar sobre seu risco de extinção. Isso se deve, entre outros motivos, à proporção ínfima do bioma na região fluminense ao qual pertence que está quase acabando. As Dryades parecem do mesmo mal. Nos resta torcer que a nova descoberta estimule a preservação do pouco que nos resta da mata.
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