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O trabalho do arquiteto belga Luc Shuiten parece muito com o que muitos de nós desejamos para o futuro: a harmonia entre a natureza e a tecnologia humana. O trabalho quase utópico e onírico desse urbanista que se afirma ‘planejador de jardins’ pode ser uma lente estética para como vemos o futuro. E, apesar de seu nome e de suas ideias já circularem pelo mundo da arquitetura há pelo menos 50 anos, recentemente ele apareceu como desenvolver estético do imaginário ‘solarpunk’.
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A integração entre o mundo vegetal e a existência humana está em toda a obra de Luc Shuiten
A natureza compôs sua estética de forma diferente dos seres humanos. Desde a revolução industrial, nós encaramos a tecnologia como uma espécie de ‘oposto da natureza’: a retidão das formas, o excesso de concreto e a retidão dos objetos se tornou o mote do desenvolvimento humano. Podemos pensar no modernismo brasileiro, na arquitetura soviética ou na skyline de Manhattan para perceber que a nossa vida contemporânea foi pensada de forma retilínea e avessa à natureza.
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O solarpunk encara isso de forma diferente: pensando em tecnologias sustentáveis e formas de viver menos agressivas ao nosso meio, esse movimento estético acredita que a arquitetura pode ser uma forma de transformar a percepção vigente de oposição entre humanidade e natureza.
Shuiten ficou conhecido por suas ideias sobre como as cidades deveriam ser
E o trabalho de Luc Shuiten se tornou uma referência especial para esse movimento. Ao aderir os traços psicodélicos da Art Nouveau com a natureza e o urbanismo, esse arquiteto belga desenvolveu uma visão utópica das cidades que pode nos fazer imaginar um futuro mais fresco.
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Segundo Rosie Albretch, editora da publicação solarpunk Optopia, “A Art Nouveau se trata de incorporar designs orgânicos à arte. Não há nada de artificial sobre isso. Trata-se de uma estética cheia de flores, ramos, trepadeiras, folhas e tudo mais. Até suas formas abstratas têm linhas curvas e suaves. É uma ideia que se mantém distante dos vértices da artificialidade humana”
As formas psicodélicas de seu trabalho são surpreendentes
Luc foi instruído na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas, na Bélgica, e desenvolveu uma paixão por explorar problemas sociais em seus trabalhos. Em 1970, ingressou no Mass Moving, um movimento artístico de rua inspirado pelo ativismo dos estudantes socialistas da França que começou em Maio de 1968.
Desde então, o arquiteto passou a se tornar referência em urbanismo. Sua principal filosofia é que se deve pensar em construções sem destruição e formar uma forma de viver espacial mais integrada com a própria natureza. É o que ele define como ‘cidade arborescente’:
Shuiten acredita que as cidades devem se aliar com a natureza e com a sustentabilidade e não rejeitar o meio ambiente
“Hoje, construir é primeiramente destruir: derrubar árvores, terraplanar, estourar pedras, extrair minérios. Precisamos criar cidades arborescentes. Cidades arborescentes se regeneram de seu próprio lixo. É como um sistema de corais, que se alimenta de si mesmo”, explica Shuiten.
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