Debate

Ricardo Salles pede demissão e pode ser considerado pior ministro do Meio Ambiente da história

23 • 06 • 2021 às 17:44
Atualizada em 23 • 06 • 2021 às 18:41
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles pediu demissão do cargo nessa quarta-feira (23/06). O chefe da pasta ambiental no governo Bolsonaro passou a ser investigado pela Polícia Federal por um esquema de contrabando de madeira ilegal para os EUA.

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Salles era visto como um dos mais resistentes ministros do governo. Ele foi alvo direto de críticas da comunidade internacional, mas resistiu por muito tempo no cargo. Após as investigações dentro do Ministério do Meio Ambiente avançarem, o advogado – que já havia sido condenado por improbidade administrativa – deixa o cargo.

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Na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro elogiou Ricardo Salles, mesmo com as denúncias de corrupção que o circundam. “Parabéns, Ricardo Salles. Não é fácil ocupar seu ministério. Por vezes, a herança fica apenas uma penca de processos. A gente lamenta como por vezes somos tratados por alguns poucos desse outro Poder, que é muito importante para todos nós”, disse.

Salles é acusado de ser beneficiário de um esquema que vendeu madeira extraída ilegalmente para os EUA. A Polícia Federal identificou movimentações suspeitas nas contas bancárias do escritório de advocacia de Salles que totalizaram mais de 14 milhões de reais.

Em maio, o agora ex-ministro foi alvo de uma mandado busca e apreensão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. “Os depoimentos, os documentos e os dados coligidos sinalizam, em tese, para a existência de grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais, o qual teria o envolvimento de autoridade com prerrogativa de foro nessa Suprema Corte, no caso, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles; além de servidores públicos e de pessoas jurídicas”, afirmou a decisão de Alexandre de Moraes.

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