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O Tour de France começou em Paris, em 1903, para se tornar ao longo dos anos a mais importante competição do ciclismo mundial – e se, de lá pra cá, muita coisa mudou, um lamentável aspecto permanece igual: o machismo e o sexismo na forma de tratar as atletas mulheres do esporte. Foram necessários mais de 80 anos desde a primeira corrida de bicicletas para que enfim a competição ganhasse uma versão feminina, que só ocorreu em 1984 – e mesmo essa sofreu ataques, foi descontinuada e rapidamente deixou de existir.
A partida da primeira edição da corrida, em 1903
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No primeiro ano do Tour de France Féminin, 60 atletas participaram – em comparação aos 170 homens que correram no mesmo ano de 1984 – e a competição rapidamente se mostrou dividida entre a equipe holandesa e a dos EUA. Enquanto a corrida se aguçava ao longo dos dias, a imprensa francesa não media críticas (nem o machismo) ao prever que a modalidade feminina deveria deixar de acontecer: Laurent Fignon, vencedor do ano anterior, chegou a declarar que gostava de mulheres, mas que preferia que elas “fizessem outra coisa”.
Largada do Tour de France feminino de 1984
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Aos poucos, porém, conforme a atleta estadunidense Marianne Martin foi se superando e se destacando ao longo da corrida, a imprensa dos EUA começou a noticiar o feito – que ganhou as páginas do New York Times, e aos poucos o coração da torcida por toda a França onde a corrida passava. Marianne venceu a prova em pleno Arco do Triunfo, e dividiu o pódio com o mesmo Fignon, autor da infeliz máxima machista. O prêmio, porém, definitivamente não foi dividido: enquanto ele levou 225 mil dólares pra casa, ela levou somente 1 mil.
Marianne Martin junto da equipe feminina dos EUA na corrida
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A falta de incentivo e de investimento fez com que a versão feminina do Tour de France durasse somente mais alguns anos, e deixasse de acontecer após 1989 – outra competição similar, intitulada La Grande Boucle, chegou a ocorrer nos anos 1990, mas os velhos argumentos de diferença na força e na atração de patrocinadores em relação aos homens – posições que simplesmente escondem o mais claro e evidente sexismo – fizeram com que essa outra corrida de bike também tivesse vida curta.
Marianne Martin e Laurent Fignon no pódio em 1984
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Se o mundo do ciclismo é ainda especialmente marcado pelo machismo, uma boa notícia ao menos está prometida para o Tour de France do ano que vem: para 2022 o organizador da competição, Christian Prudhomme, confirmou que a corrida entre mulheres voltará a acontecer – mas a condicionante financeira segue imperando para o futuro da competição. “O que queremos é criar uma corrida que permanecerá, que sobreviverá ao teste do tempo – isso quer dizer que a corrida não pode dar prejuízo”, admitiu Prudhomme.
Jeannie Longo, vencedora da corrida em 1987
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