Debate

Vereador é preso pela polícia em Curitiba enquanto joga basquete e cita racismo

07 • 06 • 2021 às 14:14
Atualizada em 07 • 06 • 2021 às 14:20
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

O vereador Renato Freitas (PT) estava jogando basquete com alguns amigos na Praça 29 de Março, em Curitiba, quando ele e os demais foram detidos e levados à 1ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar (PM). A prática de esportes na praça está proibida por decreto municipal que estabeleceu bandeira vermelha por causa da pandemia da covid-19.

O parlamentar, no entanto, alega racismo por parte dos policiais. De acordo com o jornal Boa Noite Paraná, os agentes envolvidos na prisão disseram ter recebido uma denúncia anônima de perturbação de sossego. A equipe conta que, no local, pediu para que o volume de uma caixa de som fosse abaixado, mas isso foi negado de maneira “ríspida”. 

– iPhone tem atalho que pode combater violência policial: ‘Ei Siri, tô tomando um enquadro’

– Jovem negro denuncia violência da Polícia Militar com ensaio fotográfico poderoso

Segundo a PM, o vereador teria usado força ao tentar evitar que a caixa de som das mãos de um policial que tentava aprender o aparelho. As autoridades alegam que o motivo para a prisão foi desobediência e resistência. 

– Racismo algorítmico: o que é e quais são os impactos da discriminação racial na tecnologia

Freitas conta outra versão com um vídeo, que foi publicado em suas redes sociais, em que afirma que os policiais quebraram a caixa de som na qual estava ouvindo música com os amigos.

Freitas faz parte do Coletivo Núcleo Periférico e também militante do movimento negro

A assessoria do vereador, eleito com mais de 5 mil votos nas eleições municipais de novembro do ano passado, publicou um pronunciamento por meio do Twitter. Diz o texto, “Renato acompanhou uma abordagem policial realizada de forma inadequada, ferindo direitos fundamentais do cidadão em questão”.

– Como o racismo algoritmo se vale da ausência de negros na tecnologia

Após serem detidos, todos os envolvidos assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. A polícia afirmou, por meio de nota aos jornais locais, que os procedimentos utilizados na prisão seguiram regras da PM e que respeitam os direitos humanos. 

Publicidade

Foto1: Reprodução / Twitter
Foto 2: Reprodução / Instagram


Canais Especiais Hypeness