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Na última terça-feira (29) foi lançado o livro “Caso Carrefour: Segurança Privada e Racismo – Lições e Aprendizados”, que traz algumas lições tiradas pelo setor da segurança privada após o caso João Alberto, um homem negro que foi morto depois de ser espancado por seguranças de uma empresa privada que atuavam na unidade do Carrefour de Porto Alegre. Ao ser convidado para o evento de lançamento o Grupo Carrefour teria ameaçado processar os autores da obra, entretanto, acabou recuando. A autoria é de Susana Durão e Josué Correia Paes.
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De acordo com reportagem do portal UOL, o gerente jurídico do Grupo teria respondido ao convite feito pela Universidade Zumbi dos Palmares (editora responsável pela publicação em parceria com a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores) dizendo que seriam adotadas medidas cíveis e reparatórias por todos os possíveis prejuízos causados, uma vez que o livro associaria o nome do Carrefour a práticas racistas e também narraria “inverdades dos fatos”.
O reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, por outro lado, afirmou ao UOL que abriria um boletim de ocorrência por constrangimento e censura. Ele afirmou que a resposta foi uma tentativa de silenciamento e que houve uma motivação racista e contraditória.
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“A forma como responderam contradiz o posicionamento da rede, que agora diz que aprendeu com o caso de João Alberto e que quer dialogar com a sociedade sobre o racismo. Acredito que a tratativa do grupo seria diferente se fosse um trabalho acadêmico feito por outras instituições de ensino”, afirmou ao UOL.
No dia seguinte ao lançamento do livro, entretanto, o portal Metrópoles noticiou que o Grupo Carrefour havia recuado na intenção do processo. Em nota enviada ao veículo, afirmou que não apoia qualquer tipo de censura e tampouco existe ou existirá qualquer processo, sendo sempre apoiador de quaisquer pesquisas acadêmicas.
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A obra, que é divida em seis capítulos, traz em seu início um panorama da segurança privada patrimonial e também a sua trajetória história. Em determinado trecho as autoras também citam que o trabalho deve ser conciliado com o respeito à vida das pessoas.
Na sequência também analisa o caso ocorrido no Carrefour, mesclando os desdobramentos do caso noticiados pela imprensa com uma leitura do que diz a legislação. Também lista práticas que podem evitar novos casos como o de João Alberto.
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Após o assassinato por asfixia de João Alberto Silveira Freitas, no dia 19 de novembro de 2020, em uma unidade do Carrefour localizada no bairro Passo d’Areia, em Porto Alegre, o Grupo Carrefour foi condenado a pagar uma série de indenizações.
No dia 11 de junho de 2021 o grupo assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 115 milhões, para reparar danos morais comunitários. Entre outras ações, o dinheiro será utilizado para custear bolsas de estudo de idiomas, graduação e pós-graduação para estudantes negros e investimento em negócios de empresários pretos e pardos.
Além disso, também houve o pagamento de indenizações no valor de R$ 5,2 milhões para os nove familiares de João Alberto.
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