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Quem estuda as literaturas religiosas do período medieval, incluindo as bíblias publicadas no período, repara não somente nas incríveis ilustrações que costumam acompanhar os textos ditos sagrados – curiosamente, algumas imagens que buscam retratar simbolicamente uma chaga de Cristo, inevitavelmente lembram outra parte do corpo. Sim, é inevitável: as ilustrações simbolizando a ferida no corpo de Jesus parece uma vagina à perfeição, e como mostra reportagem do site Messy Nessy, essas imagens eram recorrentes em meios à literatura religiosa medieval.
A semelhança entre a imagem da chaga e o orgão feminino é evidente e direta
-Criadora de vagina gigante em parque classifica críticas como ‘mentalidade equivocada’
Dentre as cinco feridas de Cristo, a que se assemelha com o orgão genital feminino em tais ilustrações é a vista como quinta chaga, feita, segundo o evangelho de João, pela chamada Lança Sagrada ou Lança do Destino – na parte lateral do tórax de Jesus Cristo durante a crucificação. De acordo com a escritura, o hábito dos romanos para finalizar as crucificações era de quebrar as pernas do prisioneiro, a fim de acelerar a morte do crucificado – um legionário romano, porém, concluiu que Jesus já estava morto no fim da punição, e furou sua lateral com a lança para confirmar a morte.
A imagem específica se refere à quinta chaga, ao fim do processo de crucificação
A ferida teria sido feita por um centurião romano para confirmar a morte de Cristo na cruz
-Vulvas e vaginas foram o tema desta coleção da NYFW
“Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”, escreve o Evangelho de João. A menção ao sangue e a água também ajudam, em tais interpretações, a remeter a imagem da ferida a de uma vagina para estudiosos – hoje em dia, cada vez mais especialistas se aprofundam em sentidos eróticos ou mesmo queer que podem compreender em tais imagens, bíblias e literaturas religiosas. Entre os especialistas, há quem veja sim a relação entre o renascimento que Jesus representa e o próprio dar à luz da mulher – e da vagina.
A forma da representação pode ter sim função simbólica segundo especialistas
-Museu da Vagina em Londres quer normalizar existência de órgão genital feminino
Em tal leitura, se reconhece a possibilidade dos fluidos registrados no Evangelho de João sejam, em verdade, leite materno e sangue de menstruação. Outros especialistas vão além, e aplicam um sentido queer e mesmo trans à aplicação de uma parte feminina no corpo masculino de Jesus – em diversos desses livros a sensualidade se aflora ainda mais pela sugestão de que os fiéis deveria tocar e até mesmo beijar as imagens. Seja como for, sobre um aspecto de tal leitura não há dúvida: as imagens da quinta chaga de Jesus nos livros medievais se parecem – somente – com vaginas.
A forma era recorrente na literatura religiosa e bíblica medieval
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