Ciência

Conheça as três jovens negras selecionadas para representar o Brasil em encontro antes do G20

26 • 07 • 2021 às 10:39
Atualizada em 26 • 07 • 2021 às 11:06
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Três jovens negras brasileiras foram selecionadas para o encontro do Youth 20 (Y20) Itália, transmitido online a partir de Milão entre os dias 19 e 23 de julho. Amanda Costa, Juliana Degani e Lara Martins ficaram com a missão de representar o Brasil nos debates de temáticas internacionais. O encontro precedeu a reunião do G20, que vai acontecer nos dias 30 a 31 de outubro deste ano.

O Y20 (Youth 20) é um evento que reúne delegados da União Europeia e dos 19 países com as maiores economias do mundo, fazendo com que os jovens discutam questões globais e proponham soluções a líderes mundiais. Os resultados da reunião serão expostos aos líderes do G20, que levarão em conta a perspectiva da juventude nas discussões.

Este ano, os temas debatidos no evento serão: Inovação, Futuro do Trabalho e Digitalização, Inclusão e Sustentabilidade, Mudança Climática e Meio Ambiente. Diante dos debates sobre inclusão e protagonismo das pessoas negras na sociedade, o Instituto Global Attitude selecionou três jovens negras para representarem o Brasil e trazer mais diversidade para a cúpula.

“A importância da delegação brasileira 2021 do Y20 Itália ser constituída por três jovens mulheres pretas é imensurável. Historicamente, os espaços de decisão são excludentes com mulheres, pessoas pretas e jovens. Poder ocupar esses espaços possui um caráter representativo extremamente positivo, de mostrar para outras jovens pretas de que é possível estar presente e ser promotora de mudança e alterar a dinâmica própria desses espaços, democratizando-os”, diz Juliana Degani.

Juliana Degani é graduanda em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP)

Juliana Degani é graduanda em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP)

Já Amanda Costa, que é bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Anhembi Morumbi , acredita que a sua participação também será importantíssima para abrir portas para outras pessoas pretas também poderem participar desse tipo de evento.

Amanda também é ativista pelo movimento negro, justiça climática e desenvolvimento sustentável, através das redes Engajamundo, Muvuca (Nossas), Embaixadores da Juventude da UNODC, Climate Reality Project, Global Shapers Community e United People Global.

Amanda também é ativista pelo movimento negro, justiça climática e desenvolvimento sustentável, através das redes Engajamundo, Muvuca (Nossas), Embaixadores da Juventude da UNODC, Climate Reality Project, Global Shapers Community e United People Global

“Ter três mulheres pretas representando o Brasil no evento mostra, primeiramente, um alinhamento entre discurso e prática e, além disso, ocupar um espaço de protagonismo e liderança que por séculos foi negado para a juventude preta e periférica. O momento é de apresentar uma contra-narrativa para um sistema de exploração, de exclusão, de subalternidade, que muitas das vezes é decretado para as pessoas negras. Então, além da inspiração e da representatividade, a Juliana, a Lara e eu, temos uma visão real do Brasil a partir das nossas perspectivas como mulheres pretas, que muita das vezes são invisibilizadas dentro de todos esses contextos”, afirma.

Por fim, Lara Martins, que é especialista em Gerenciamento de Projetos pela Escola de Negócios da PUC-Rio e formada em Comunicação Social com habilidade em Publicidade e Propaganda pela mesma universidade, acredita que a diversidade é a chave para compreender a importância do evento.

Lara é Head de Relacionamentos e Redes do Sistema B Brasil. Um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta

Lara é Head de Relacionamentos e Redes do Sistema B Brasil. Um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta

“Representação da realidade do Brasil, esse é o intuito. Observando as outras delegações não vemos muita diversidade. É verdade que a maioria das delegadas são femininas, porém já identificamos muitos dos privilégios que tentamos combater aqui no Brasil”, conclui.

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Fotos: Divulgação


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