Covid tem chance maior de infectar pessoas que fazem festa de aniversário, aponta Harvard

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Fazer aniversário em meio à pandemia pode não ser muito divertido, mas ao mesmo tempo é um momento chave para celebrar a vida. A triste notícia é que, de acordo com uma análise de quase 3 milhões de casas nos EUA, famílias que celebraram aniversários tiveram maior probabilidade de testar positivo com Covid, em áreas com altas taxas de infecção.

Covid tem chance maior de infectar pessoas que fazem festa de aniversário, aponta Harvard

O estudo, que emana de dados de seguro saúde coletados nas primeiras 45 semanas de 2020 em todo o país, foi projetado para avaliar o risco potencial de pequenas reuniões na disseminação de Covid-19.

A análise mostrou que, em locais com baixa prevalência de Covid, não houve evidência de aumento da taxa de infecção nas semanas seguintes aos aniversários.

Mas, em áreas onde o vírus estava circulando na comunidade, as famílias com aniversários recentes tinham cerca de 30% mais probabilidade de ter um diagnóstico de Covid 19, em comparação com as famílias sem aniversário.

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Em outras palavras, em condados com alta transmissão de Covid, as famílias com aniversários recentes tiveram em média 8,6 mais casos para cada 10.000 indivíduos do que as famílias nos mesmos municípios sem aniversário.

Mas o efeito foi ainda mais acentuado quando era uma criança com aniversário – com um aumento nos casos de Covid de 15,8 para cada 10.000 pessoas nas duas semanas seguintes ao aniversário de uma criança, em comparação com casos em famílias sem aniversário.

Em famílias com aniversário de adulto, o aumento foi de 5,8 casos adicionais para cada 10.000, de acordo com o estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine.

Os autores se concentraram em aniversários, pois é uma das informações essenciais que podem ser obtidas a partir de dados de seguros acionados e porque é um evento em que as pessoas poderiam violar as políticas da Covid sobre encontrar outras pessoas em ambientes fechados, sugeriu a autora do estudo, Anupam Jena., médica e professora associada de política de saúde na Harvard Medical School.

O que complica o quadro é que a resposta dos Estados Unidos à ameaça do vírus que causa a Covid-19 não tem sido uniforme em todo o país, com um conjunto de retalhos de restrições e políticas de uso de máscara sendo impostas (e aliviadas) em nível local, regional e níveis estaduais, complicados ainda mais por diferenças na diversidade socioeconômica, política, ocupacional e étnica.

Mas, como o autor principal, Dr. Christopher Whaley, pesquisador de políticas da Rand Corp, apontou: “Todo mundo faz aniversário em algum momento do ano”.

Os autores reconheceram que não sabiam se as famílias celebravam aniversários, mas que as datas de nascimento eram usadas como proxy para reuniões sociais e festividades pessoais.

Em áreas onde havia políticas de isolamento social, Jena disse que esperava que não houvesse “efeito de aniversário”. No entanto, a análise sugeriu que, mesmo nessas áreas, o efeito aniversário estava de acordo com lugares sem essas políticas.

“Certamente sugere que as pessoas não estavam aderindo às políticas de isolamento no local para este tipo específico de evento.”

A análise também destaca que muitos pedidos de isolamento foram direcionados a grandes reuniões formais, observou Whaley. “Acho que é natural não pensar que sua família ou amigos podem transmitir uma doença horrível para você, então talvez você baixe um pouco a guarda.”

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