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O interesse pela literatura e pela crítica literária parece de modo geral passar longe do universo do futebol e principalmente entre os jogadores: tal impressão, porém, é radicalmente contrariada pelas preferências do meia Gustavo Scarpa.
O sucesso do jogador atualmente se dá não só dentro do campo, atuando pelo Palmeiras, mas também fora das quatro linhas – nas redes sociais, por conta de seus comentários a respeito de alguns dos maiores clássicos da literatura mundial.
O meia palmeirense Gustavo Scarpa © Getty Images
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Seu amor pelos livros é tanto que recentemente Scarpa dedicou um gol a Jean Valjean, personagem de Os Miseráveis. A comemoração inesperada aconteceu em partida contra o Bahia no final de junho passado, quando o gol foi dedicado ao personagem condenado à prisão por roubar um pão para dar de comer à família na imortal obra do autor francês Victor Hugo – e é com leveza, humor e, ao mesmo tempo, emoção e franqueza que o jogador divide suas leituras e impressões com seus seguidores nas redes: mais de 90 resenhas foram publicadas nos stories do seu Instagram.
Scarpa lendo “O Processo”, de Kafka
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O sucesso das críticas rápidas e bem-humoradas é tanto que o perfil pessoal do jogador possui uma sessão em destaque, chamada justamente “Livros lidos”, na qual ele reúne os comentários sobre as tantas leituras.
Sobre “O Alienista”, de Machado de Assis, Scarpa resumiu: “Tá todo mundo louco”; sobre “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway, além de confirmar que “curtiu” o livro, o jogador comentou que “Em maio, todos podem ser pescadores”. E mais: “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, “Caninos Brancos”, de Jack London, “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, “Terra Sonâmbulo”, de Mia Couto, “O Sol é Para Todos”, de Harper Lee, até “O Morro dos Ventos Uivantes”, de Emily Brontë – que, segundo Scarpa, é um “romance meio esquisito, angustiante, mas da hora”.
“Legalzinho”, disse sobre o clássico de Machado de Assis
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O autor preferido do jogador é provavelmente o britânico C. S. Lewis, que aparece em sua lista por diversas vezes – Machado de Assis retorna também com Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, e diante da maior polêmica da literatura brasileira, sobre se Capitu teria ou não traído Bentinho, Scarpa responde sem pestanejar em seu post: “Traiu kkkkkkkkk”. A crítica mais “famosa” e compartilhada, porém, é sem dúvida sobre “A Metamorfose”, de Franz Kafka, obra sobre a qual o meia do Palmeiras vaticinou: “Maneiro. Moleque inseto”.
C. S. Lewis parece ser o autor preferido do jogador
Gustavo Scarpa lendo o clássico de Emily Brontë
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Segundo o jogador, a preferência pela leitura veio como influência do pai ao longo da vida, mas ao chegar no Palmeiras, um outro incentivo o moveu a seguir preferindo os livros nas horas vagas: uma aposta, feita com o amigo Pedro Jatene, que determinava pra cada gol que ele marcasse, ganharia um livro – se não marcasse nenhum, teria de dar uma camisa ao amigo. Há ainda “Crime e Castigo”e “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoiévski, “Frankenstein”, de Mary Shelley, “Utopia”, de Thomas More, “O Estrangeiro”, de Albert Camus, “Eu, Robô”, de Issac Asimov, “O Príncipe”, de Maquiavel (“Curti esse aqui. Não achei tão polêmico como falaram. O povo só não quer ser oprimido”, comentou) e, entre obras também de auto-ajuda e best-sellers como de Dan Brow, muitos outros livros comentados.
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Os hábitos literários de Scarpa são raros entre seus companheiros de esporte mas não são únicos: Wallace, zagueiro baiano que jogou no Flamengo e no Corinthians e atualmente joga pelo Vitória, da Bahia, também aprecia literatura, ao ponto de já ter mantido até mesmo um blog, intitulado Wallace Leu, no qual também dividia suas impressões e reflexões sobre livros lidos.
O jogador com o troféu do Campeonato Brasileiro de 2018 © Getty Images
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