Diversidade

Rebeca Andrade vence 1ª medalha olímpica da ginástica feminina com ‘Baile de Favela’ e celebra mulher negra

29 • 07 • 2021 às 10:09
Atualizada em 30 • 07 • 2021 às 08:17
Kauê Vieira
Kauê Vieira   Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

Rebeca Andrade é medalha de prata no individual feminino em Tóquio. Aplaudida por Simone Biles, a ginasta de 22 anos relembrou ao mundo a qualidade da música brasileira. Ela apresentou nos Jogos Olímpicos de Tóquio ao som do funk “Baile de Favela”, que garantiu a primeira medalha da ginástica feminina brasileira na história das Olimpíadas. A medalha de ouro ficou com Sunisa Lee, dos Estados Unidos, e o bronze com Angelina Melnikova, do Comitê Olímpico Russo. 

A medalhista olímpica não larga mais o funk de MC João, pois além de garantir a inédita medalha de prata, foi ao som das batidas do “Baile de Favela” que se classificou para a disputa das Olimpíadas de Tóquio. Rebeca conquistou a medalha de ouro no individual geral no Campeonato Pan-Americano de ginástica artística. 

Leia também: Com 25 medalhas, Simone Biles dá um bico no racismo e entra para história

Rebeca Andrade é a mulher negra brilhando

Mulher negra no esporte 

A paulista de Guarulhos mostrou consciência social e destacou o fato de ser uma mulher negra competindo em alto nível no ainda segregado mundo da ginástica. 

“É muito legal, porque a gente não vê muitas pessoas negras no esporte. Hoje em dia que está aparecendo mais. A gente pode se espelhar. Abro as redes sociais e um monte de página falando sobre minha música, sobre minha série. É muito bom ter meu trabalho reconhecido”, destacou Rebeca Andrade. 

Para quem não se lembra, Rebeca Andrade competiu nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, ao som de Beyoncé. Ela conta, também ao GE, que teve receio de sair de Beyoncé para o funk. “Baile de Favela” foi escolhida para ser trilha da apresentação de Rebeca Andrade por Rhony Ferreira. O coreógrafo da seleção brasileira apostou no funk ainda em 2016 e resolveu misturá-lo com um clássico de Bach. 

“‘Meu Deus, vou sair de Beyoncé para um funk’. Foi diferente. Hoje adoro a música, acho que combina muito comigo. Fiquei muito feliz que as pessoas gostaram também. Isso é muito importante na ginástica. Está sendo incrível”, pontuou Rebeca. 

Agora, a mulher negra de 22 anos, nascida em Guarulhos (SP), garante sua medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio ao som do funk “Baile de Favela”, expressão forte da cultura brasileira e um dos motivos maiores de orgulho deste país.

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