Diversidade

Barbie cria boneca de biomédica brasileira que ajudou a decifrar DNA do coronavírus

04 • 08 • 2021 às 14:48 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A Barbie lançou uma linha de bonecas em homenagem às profissionais que tiveram atuação decisiva na linha de frente de combate à covid-19. Entre os vários destaques entre mulheres célebres na ciência e medicina está a brasileira Jaqueline Góes de Jesus

Mulher e negra, a biomédica baiana de 31 anos ficou conhecida mundialmente por ser uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus. O feito de Jaqueline foi fundamental para a compreensão do vírus e um grande avanço para a ciência da América Latina

“Neste momento, só consigo pensar em quantas meninas podem ser inspiradas por ela, quantas meninas negras podem olhar e sonhar em seguir a profissão de cientista, onde mulheres ainda são sub-representadas no mundo todo”, celebrou em vídeo publicado no Instagram.

Leia também: Biomédica baiana que sequenciou genoma da covid-19 vence prêmio por tese de doutorado

A biomédica Jaqueline é inspiração para outras mulheres negras

O sequenciamento feito pela baiana permitiu diferenciar o vírus que chegou ao Brasil do genoma identificado em Wuhan, o epicentro da epidemia na China. Além de ajudar os cientistas na compreensão sobre que versão do vírus estavam lidando e como ela poderia evoluir – a fim de, é claro, combatê-la por meio das vacinas.

Mulher negra, cientista e boneca 

Aos 31 anos, Jaqueline construiu uma carreira sólida antes de se deparar com os desafios da covid-19 e virar uma boneca da Mattel. 

Pesquisadora bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo — Universidade de São Paulo (IMT-USP), Jaqueline Góes participou da equipe que sequenciou o genoma do vírus da zika.

Ela fez questão de destacar a representatividade de sua trajetória para outras meninas negras que pretendem seguir carreira na ciência – espaço ainda dominado por homens brancos.

“Enquanto mulher negra, ser presenteada com uma boneca Barbie que tem todas as minhas características é simplesmente um sonho… Algo que, até bem pouco tempo, era uma realidade longínqua, para não dizer, inexistente”, escreveu no Instagram

– Barbie lança boneca de Susan B. Anthony, sufragista e 1ª mulher a votar nos EUA

Outras cinco cientistas também ganharam suas “versões Barbie”

Jaqueline Góes é graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, além de ser mestre em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em ampla associação com o IGM-FIOCRUZ. 

Ele celebrou ter virado uma boneca Barbie nas redes sociais.

– Coronavírus prova porque o SUS e a pesquisa universitária realmente importam

Jaqueline Góes finalizou exaltando a importância da ciência, responsável por salvar milhões de vidas com a produção em tempo recorde de uma vacina contra a covid-19. Ela também citou outras profissionais homenageadas pela Mattel.

“Essa homenagem destaca a dedicação e o comprometimento que todos os profissionais da linha de frente exibiram no combate à pandemia. Além de mim, outras cinco mulheres, consideradas heroínas da pandemia, ganharam o reconhecimento pela Mattel por trabalharem incansavelmente na luta contra a COVID-19 e por impactarem positivamente a comunidade. São elas: Amy O’Sullivan, Audrey Cruz, Chika Stacy Oriuwa, Sarah Gilbert, e Kirby White”.

Publicidade

Fotos 1 e 2: Reprodução / Instagram
Foto 3: Divulgação / Mattel


Canais Especiais Hypeness