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No dia 7 de agosto, celebramos o Dia do Documentário Brasileiro. A extensa produção de documentários no nosso país é uma porta de entrada para diversas questões sociais que envolvem o Brasil. Graças a nomes como Eduardo Coutinho e Jorge Furtado, os filmes documentais brasileiros estão entre os mais aclamados do mundo e há uma série de títulos que podem explicar esse fato.
É verdade que a escola documental brasileira demorou a chegar; nos momentos de ouro do cinema nacional – o Cinema Novo -, as principais obras como ‘Terra em Transe’ e ‘Deus e o Diabo Na Terra do Sol’ eram ficcionais. Mas com a abertura política após a ditadura militar, novos ares foram dados para o cinema nacional.
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Eduardo Coutinho, um dos maiores nomes do documentário brasileiro
Documentários que recontavam a história da ditadura militar e registravam a abertura política, como ‘Jango’ e ‘Céu Aberto’, abriram a porteira para uma dezena de novas histórias serem contadas através das lentes de cineastas brasileiros.
Mas um filme que ultrapassou esse momento e é um casamento entre o período do fim da ditadura e o antigo Cinema Novo é o clássico ‘Cabra Marcado Para Morrer’, um longa semidocumental de Eduardo Coutinho que conta a história do camponês João Pedro Teixeira, líder político assassinado na Paraíba em 1962. O filme parou de ser gravado em 1964 por conta do golpe militar e só foi concluído vinte e dois anos depois.
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A partir de ‘Cabra Marcado Para Morrer’ e sua inventividade narrativa, a escola documental brasileira encontrou formas diversas para contar suas histórias. Nosso território já era alvo dos antropólogos e documentaristas estrangeiros por conta, especialmente, da Amazônia e dos indígenas. Mas a partir da reabertura política, os brasileiros passaram a contar suas histórias; com o legado do cinema novo e melhorias na técnica, uma infinidade de produções diversas passaram a ser realizadas.
Um bom exemplo dos documentários brasileiros desse período pós-abertura é ‘Ilha das Flores’, de Jorge Furtado. Com narração de Paulo José, o curta com linguagem extremamente didática conta a trágica história de uma comunidade pobre em Porto Alegre que come restos de lavagem dada aos porcos. A criatividade de seu roteiro e a objetividade de sua narrativa, afinadas com o drama social brasileiro, fazem com que a obra seja um verdadeiro clássico.
Dos anos 1990 para cá, outros incríveis documentários como ‘Estamira’, ‘À Queima Roupa’, ‘Edifício Master’ e ‘Lixo Extraordinário’ colecionaram prêmios e provaram que o Brasil possui uma das mais incríveis escolas documentais do planeta.
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“Durante muitos anos o Brasil era visto como um lugar exótico e interessante para se filmar documentários. Muitos estrangeiros vinham ao Brasil e faziam filmes com os múltiplos grupos étnicos, as incríveis paisagens naturais e urbanas. Atualmente temos muitos documentaristas brasileiros filmando aqui, o que leva a uma produção consistente e, mais importante, diversificada. Temas não faltam, porém, o mais rico é a pluralidade dos olhares, dos métodos de trabalho. Documentários criativos aparecem com força. Alguns mais autorais, vários feitos na primeira pessoa do singular, outros mais poéticos, alguns mais políticos”, conta Kiko Goifman, documentarista e antropólogo, em entrevista à Academia Internacional de Cinema.
Todos os documentários aqui citados estão disponíveis no streaming do Telecine. Vale lembrar que o aplicativo de filmes do Telecine oferece 30 dias grátis para novos assinantes.
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