Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Com a saída das tropas dos EUA do Afeganistão, o Talibã, grupo extremista que assumiu o poder do país, voltou ao noticiário. As práticas autoritárias do grupo se dirigem especialmente às mulheres, que sofrem restrições e não podem estudar e trabalhar em territórios controlados pelo regime. Uma das principais figuras que combateu a ditadura patriarcal do Talibã é Malala Yousafzai. Você conhece a história de Malala?
Vencedora do “Prêmio Nobel”, em 2014, por sua luta pela paz, Malala é uma garota paquistanesa nascida na região de Khyber Pakhtunkhwa, região de maioria étnica pachto que sofre ataques constantes do Tehrik-i-Taliban Pakistan, o Talibã paquistanês.
Desde pequena, Malala não concordava com a imposição do Talibã que proibia mulheres de estudar. Por isso, começou a escrever para um blog da BBC detalhando o terror que vivia sob a égide dos extremistas em sua vila.
– A incrível história da menina afegã que fingiu ser menino para estudar sob o regime talibã
Malala já afirmou que deseja criar carreira na política paquistanesa
Aos 14 anos de idade, Malala foi vítima de um atentado enquanto ia para a escola. Um atirador mascarado deu tiros na cabeça da jovem, que foi socorrida e enviada para a Inglaterra, onde acabou se recuperando.
Ela se tornou um símbolo na luta pelo direito à educação e na luta contra o Talibã. Malala acabou de se formar em Ciência Política e pretende voltar ao seu país, o Paquistão, para promover a educação para mulheres.
– Avião militar dos EUA decolou do Afeganistão com quase 700 pessoas a bordo
Yousafzai se pronunciou sobre a retomada do Talibã no Afeganistão e manifestou preocupação. “Assistimos em completo choque enquanto o Talibã assume o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com mulheres, minorias e defensores dos direitos humanos. Poderes globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis”, disse no Twitter.
We watch in complete shock as Taliban takes control of Afghanistan. I am deeply worried about women, minorities and human rights advocates. Global, regional and local powers must call for an immediate ceasefire, provide urgent humanitarian aid and protect refugees and civilians.
— Malala (@Malala) August 15, 2021
Malala aos 13 anos de idade, meses antes do ataque do Talibã
Após os ataques contra Malala, o Talibã chegou a se pronunciar afirmando que o atentado ocorreu porque eles enxergavam que a luta dela era contra o regime e não pela educação. Mas as coisas estão interligadas: o Talibã segue queimando escolas de mulheres e promovendo rígidas regras contra mulheres, algo que vai contra a leitura do próprio Corão, texto sagrado do islamismo.
– Imagens raras e coloridas mostram como era o Afeganistão em 1928
Segundo a socióloga Zahra Ali, uma das principais feministas islâmicas do mundo, o Alcorão é um texto que trabalha pela igualdade de gênero e as interpretações que levam a situações como a observada no Afeganistão e no Paquistão são deturpações do texto original. Malala, inclusive, não abandonou sua religião.
Agora, mulheres no Afeganistão lutam pelo seu direito de viver em liberdade e já se tornam alvo do novo regime do Talibã em Cabul. Os próximos capítulos dessa história serão cruéis, mas a mudança há de chegar.
Publicidade
Rohit Bhargava, entusiasta e curador de ideias, apresentou sete tendências não óbvias para o futuro. Ele define...
Dom Quixote, considerado por muitos como o maior romance de todos os tempos, começou a ser escrito enquanto Miguel de...
Berlim é uma cidade de fantasmas, mas um dos mais interessantes é o de Anita Berber. A dançarina, atriz e escritora...
O ambiente esportivo, em especial quando falamos em futebol, ainda está longe de ser acolhedor quando o tema é...
A jornalista Veruska Seibel Boechat, viúva do também jornalista Richardo Boechat, reencontrou a aliança do marido....
Viajar é sempre um momento esperado para poder relaxar e conhecer lugares novos. Durante as férias de verão muitas...
Ao dar dinheiro a moradores de rua, quase sempre imaginamos que os trocados serão usados na compra de drogas ou...
Um motorista de ônibus de Winnipeg, no Canadá, que prefere permanecer anônimo, viu pela primeira vez um cachorro...
No contexto da onda de ataques e crimes de ódio contra minorias que se deu depois da última eleição presidencial...