Ciência

Navio romano de 2,2 mil anos é achado com carga de vinho a 90 metros de profundidade

04 • 08 • 2021 às 10:15
Atualizada em 06 • 08 • 2021 às 11:17
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um antigo navio romano datado do século II aC foi descoberto no Mar Mediterrâneo, na costa siciliana de Palermo. Situado a 92 metros de profundidade, perto da A Ilha Das Mulheres (Isola delle Femmine), a embarcação remonta um dos vários naufrágios encontrados nas últimas semanas por pesquisadores italianos.

Imagens do local de mergulho, tiradas por um robô submarino, indicam que o navio carregava uma grande carga de ânforas de vinho, um antigo jarro de argila usado para o armazenamento e fermentação da bebida.

Navio romando de 2,2 mil anos é achado com carga de vinho a 90 metros de profundidade

A descoberta foi descrita pelos arqueológicas como uma das mais importantes dos últimos anos. A Agência Regional Italiana estimou para a Proteção do Meio Ambiente (ARPA) que o navio tenha mais de 2.000 anos.

“Encontramos um número notável de ânforas de tamanhos e formas diferentes. Inicialmente, foram estimadas como datando do século II aC”, disse Vincenzo Infantino, diretor da ARPA na Sicília.

A Isola delle Femmine (ou Ilha das Mulheres) é um local intocado e selvagem perto de Palermo | Foto: Getty Images

Conforme relatado pela Ansa, o conselheiro regional do patrimônio cultural, Alberto Samonà, ele declarou: “É talvez um dos achados mais importantes dos últimos meses e ainda mais significativo se considerarmos que é o resultado da ação conjunta de dois órgãos regionais. A sinergia do trabalho dos técnicos do Arpa Sicilia e da Superintendência do Mar, de fato, demonstra que a frutífera interação entre as disciplinas relacionadas ao meio ambiente e à arqueologia pode ajudar a trazer dados muito importantes para fins de estudos de aprofundamento no ‘Mare Nostrum'”.

Os arqueólogos esperam que o naufrágio esclareça a histórica atividade comercial de Roma no Mediterrâneo, onde os romanos comercializavam especiarias, vinho, azeitonas e outros produtos no norte da África, Espanha, França e Oriente Médio.

Todos os anos, oceanógrafos e policiais trabalham juntos para localizar naufrágios antigos para tentar combater a venda de tráfico e comercialização ilegal de artefatos.

A Superintendente do Mar, Valeria Li Vigni, sublinhou: “O Mediterrâneo dá-nos continuamente elementos preciosos para a reconstrução da nossa história ligada ao comércio marítimo, os tipos de embarcações, os transportes efetuados, mas também dados relativos à vida a bordo e as relações entre as populações costeiras. A missão conjunta permitiu, ao longo de algumas semanas, a segunda descoberta de excepcional interesse que se segue à do contemporâneo naufrágio de Ustica”.

Publicidade

Fotos: divulgação e getty images


Canais Especiais Hypeness