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O líder da congregação religiosa Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo fez ataques racistas, machistas e homofóbicos durante um culto no bairro do Santo a Cristo, zona portuária do Rio. Durante a pregação, o pastor Tupirani da Hora Lores afirmou que a “igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado”.
O discurso preconceituoso foi uma resposta à postura da pregadora Karla Cordeiro, a Kakau, da Igreja Sara Nossa Terra. Ela também foi acusada de racismo e homofobia quando disse, em julho passado, para os fiéis pararem de “ficar postando coisa de gente preta, de gay”. Após a repercussão do vídeo de seu discurso, além da abertura de um inquérito policial, Kakau publicou uma nota de retratação para conter os danos.
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Por enquanto não há denúncias formais contra as falas mais recentes do pastor
O pastor Tupirani da Hora Lores deixou claro que é contra a tentativa da colega de se redimir. O pastor afirma não aceitar o fato de ela ter voltado atrás de seu discurso depois que, segundo ele, “um babaca de um delegado pressiona”.
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“Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de putas e piranhas, é isso que vocês são”, disse o pastor.
Confira o vídeo abaixo:
"A Igreja de Jesus Cristo não levanta a placa de filho da puta de negro nenhum… e não levanta a placa de filho da puta de viado."
Pastor Tupirani da Hora Lores, chefe da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Rio de Janeiro. pic.twitter.com/oP1FQcfYnX
— Bruno Sartori (@brunnosarttori) August 6, 2021
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O pastor Lores declarou ainda que a igreja não deve levantar bandeiras sobre questões raciais, políticas e de gênero. “A igreja de Jesus Cristo não levanta placa de filho da puta negro nenhum, não levanta placa de filho da puta de político, não levanta placa de filho da puta de veado. A igreja de Jesus Cristo só levanta a sua própria placa”, gritou o pastor, no altar.
A índole de Lores, contudo, pode ser questionável. Ele já foi preso por intolerância religiosa em 2009 e, em março de 2020, foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Já Karla Cordeiro responde a um inquérito na delegacia de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
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