Debate

Pastor ataca com falas racistas e homofóbicas durante culto e xinga pregadora

23 • 08 • 2021 às 14:43
Atualizada em 23 • 08 • 2021 às 14:44
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

O líder da congregação religiosa Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo fez ataques racistas, machistas e homofóbicos durante um culto no bairro do Santo a Cristo, zona portuária do Rio. Durante a pregação, o pastor Tupirani da Hora Lores afirmou que a “igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado”.

O discurso preconceituoso foi uma resposta à postura da pregadora Karla Cordeiro, a Kakau, da Igreja Sara Nossa Terra. Ela também foi acusada de racismo e homofobia quando disse, em julho passado, para os fiéis pararem de “ficar postando coisa de gente preta, de gay”. Após a repercussão do vídeo de seu discurso, além da abertura de um inquérito policial, Kakau publicou uma nota de retratação para conter os danos.

– Wesley Safadão fala em ‘grande injustiça’ contra amigo pastor acusado de pedofilia

Por enquanto não há denúncias formais contra as falas mais recentes do pastor

O pastor Tupirani da Hora Lores deixou claro que é contra a tentativa da colega de se redimir. O pastor afirma não aceitar o fato de ela ter voltado atrás de seu discurso depois que, segundo ele, “um babaca de um delegado pressiona”.

– Pastor cita honra de Deus’ ao se desculpar por desejar morte de Paulo Gustavo

“Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de putas e piranhas, é isso que vocês são”, disse o pastor.

Confira o vídeo abaixo: 

– Igreja Universal é acusada de forçar abortos e propor esterilização de pastores; entenda

O pastor Lores declarou ainda que a igreja não deve levantar bandeiras sobre questões raciais, políticas e de gênero. “A igreja de Jesus Cristo não levanta placa de filho da puta negro nenhum, não levanta placa de filho da puta de político, não levanta placa de filho da puta de veado. A igreja de Jesus Cristo só levanta a sua própria placa”, gritou o pastor, no altar.

A índole de Lores, contudo, pode ser questionável. Ele já foi preso por intolerância religiosa em 2009 e, em março de 2020, foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Já Karla Cordeiro responde a um inquérito na delegacia de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

Publicidade

Canais Especiais Hypeness