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Após fazer compras no supermercado Hortimais, na Zona Sul de São Paulo, no último dia 7 de agosto, a professora Francisca Silvana da Silva foi parada por um segurança do local, que insinuou que ela teria roubado uma bandeja de carne. A abordagem constrangedora e racista terminou com uma denúncia à Polícia Civil, que investiga o caso.
Como parte da investigação, imagens do circuito interno de segurança foram enviadas à polícia e à imprensa. Francisca aparece no setor de carnes. Ela pega algumas bandejas do produto para olhar melhor, mas é possível notar que ela não coloca nada na bolsa, como o segurança, de forma racista, havia alegado.
Mesmo assim, ela passa a ser acompanhada de perto por um segurança. É possível vê-lo abordando Francisca, a impedindo de sair do supermercado. Segundo a denúncia, ele estaria acusando-a de furto e os dois passaram a discutir enquanto funcionários e outros clientes observam. Ninguém faz nada.
Francisca foi submetida a uma avaliação de sua sacolas duas vezes: ao segurança e a polícia militar
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“Eu tive muito medo, conduzida por uma tristeza, uma revolta, por aquela exposição, eu disse ‘eu não vou ali com você, se você quiser verificar as minhas coisas, você vai verificar aqui. Só que pra você verificar as minhas coisas aqui, eu vou filmar, porque você não vai encontrar nada e eu preciso de respaldo para eu recorrer sobre o constrangimento que você está me fazendo passar'”, relata Francisca, em entrevista ao G1.
O segurança insiste e, após verificar a sacola de Francisca, vai até o estacionamento e chama a polícia. Câmeras externas mostram o momento em que a viatura chega. A professora diz ainda que pediu para a Polícia Militar também revistar sua bolsa. O óbvio foi verificado, ela não guardava nenhum produto do mercado de onde tinha acabado de sair.
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Em nota, o advogado que representa o mercado disse que o serviço de segurança de loja é terceirizado e que a marca não se responsabiliza pela atitude do funcionário O Hortimais, contudo, declarou que irá aguardar a apuração das autoridades para tomar uma atitude. A empresa, como é de praxe, declarou ainda que “não compactua com qualquer forma de discriminação racial e que vai reforçar esse compromisso com todos os funcionários”.
De acordo com números do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), 615 denúncias recebidas pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos) no ano de 2018 foram referentes à descriminação racial.
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O estado com maior número de denúncias é o Espírito Santo (0,31 denúncias por 100 mil habitantes), seguido do Rio de Janeiro (0,29 a cada 100 mil habitantes) e Acre (0,25 a cada 100 mil moradores).
Os números são consideravelmente pequenos para um país que ainda lida com racismo institucional e tem casos como o da professora Francisca sendo destacados em manchetes frequentemente.
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