Ciência

Vira-lata caramelo: qual a origem do cachorro que é unanimidade nacional?

09 • 08 • 2021 às 10:23
Atualizada em 05 • 08 • 2022 às 10:37
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Dos memes em notas de R$ 200 até dancinhas rebolantes. O vira-lata caramelo se tornou símbolo do Brasil, uma verdadeira unanimidade nacional. A popularidade deste cãozinho tão brasileiro lhe rendeu diversos títulos e amores, sendo os preferidos por essas bandas.

Vira-lata caramelo é unanimidade nacional

Vira-lata caramelo é unanimidade nacional

Um pouco por influência da cultura pop, um pouco pelas modas lançadas no mundo, as raças de cachorro mais populares variam de tempos em tempos. Mas mesmo assim o vira-lata caramelo segue como dono e proprietário dos nossos corações. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Qualibest, em 2017, os cães sem raça definida correspondem a 41% do total de cachorros de estimação.

– Vira-lata caramelo se dá mal por curiosidade e é desentalada pelos bombeiros

Qual mistura de raças deu origem ao vira-lata caramelo?

De acordo com uma pesquisa realizada pelo projeto MuttMix em 2018, é praticamente impossível saber as raças que dão origem a um vira-lata. O estudo apresentou fotos de 31 cães sem raça definida a leigos e especialistas. Depois que cada voluntário indicou as possíveis raças presentes nos genes daquele animal, foram feitos testes genéticos para encontrar a resposta. Os resultados mostraram que apenas 25% dos participantes conseguiram citar raças com alguma precisão.

Qual a origem do vira-lata caramelo?

Não existe registro histórico exato sobre a origem do nome “vira-lata” ou da grande chegada desses animais em solo brasileiro. De acordo com o doutor em microbiologia Átila Iamarino no vídeo “A origem do vira-lata caramelo”, os cães domesticados têm origem nos lobos selvagens e, durante o processo de domesticação deles, aconteceu um fenômeno relacionado à cor da pelagem.

Como explicou Átila, o que faz um cão ser domesticável e passar a nos fazer companhia é sua tolerância ao estresse. Assim, quando selecionamos os mais tranquilos, a cor de sua pelagem também muda, surgindo animais malhados ou manchados, diferentes dos selvagens.

“O que parece ter uma relação entre como o sistema nervoso se forma e as células que dão as cores dos pelos”, conta Átila. “Provavelmente fomos nós que criamos a variedade de cores dos cachorros sem querer quando selecionamos lobos mais dóceis com a nossa companhia e depois a gente ainda aumentou essa variedade de cores e pelos conscientemente conforme passamos a criar e conviver com cachorros pelo mundo todo”, conclui o cientista.

Assista o vídeo completo aqui:

Vale lembrar que a maioria dos cães sem raça definida são, na verdade, pretos, que é a cor dominante. Os cães Xoloitzcuintle – ou só Xolo mesmo – quando não têm exatamente essa cor, são cinzas. Eles ainda existem nas Américas, sendo muito populares no México, e descendem de cães trazidos da Ásia há mais de 10 mil anos quando os humanos transitaram de lá para a América do Norte.

A internet brasileira nomeou o vira-lata caramelo de Ariana Grande “cidadão honorário”.

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