Ciência

Aedes aegypti ‘bombado’ por bactéria derruba em 70% casos de dengue e chikungunya

01 • 09 • 2021 às 17:58 Redação Hypeness
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Um levantamento da Fiocruz mostrou que a cidade conseguiu reduzir drasticamente os números de dengue, chikungunya e zika vírus graças a alteração dos mosquitos aedes aegypt com uma bactérica. Segundo os dados, a incidência das doenças caiu 70% na cidade e as internações por conta dessas infecções caiu 86%.

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Estudos mostraram que doenças infecciosas causadas pelo mosquito da dengue foram reduzidas após controle biológico da doença.

Resumidamente, o município aderiu ao World Mosquito Program, uma iniciativa internacional que desenvolveu uma tecnologia que pode praticamente erradicar a dengue ao redor do planeta. Basicamente, a tecnologia consiste em infectar uma grande quantidade de aedes aegypt com a bactéria Wolbachia.

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A maior parte dos insetos possui essa bactéria em seu corpo, mas o aedes aegypt não. As bactérias são capazes de impedir o desenvolvimento de vírus como a febre amarela e a dengue no corpo do mosquito.

Basicamente, os mosquitos aedes aegypt com a bactéria se tornam maioria rapidamente nos locais onde foram testados e rapidamente eles acabam contendo a disseminação de doenças que utilizam esse inseto como vetor.

Em Niterói, a utilização dos mosquitos começou em 2014 e, atualmente, 75% dos bairros da cidade já possuem populações majoritárias de mosquitos com a bactéria Wolbachia.

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“Na natureza, ao picar um indivíduo infectado, o mosquito também se infecta. O vírus, então, irá percorrer um longo caminho por todo o corpo do inseto até chegar à glândula salivar. [Já temos] resultado que demonstra que mais da metade dos Aedes com Wolbachia sequer apresentarão Zika na saliva, caso sejam infectados, reforça ainda mais o potencial de utilização em larga escala que esta estratégia apresenta”, explica Luciano Moreira, coordenador do estudo e líder do projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, da Fiocruz.

O Brasil se soma a Colômbia, México, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu, Austrália e Nova Caledônia, que também adotam a tática do World Mosquito Program para combater essas doenças infecciosas.

 

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