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Uma campanha publicitária do Clube de Criação chamada ‘Crise, Crie’, desenvolvida pela agência Wieden+Kennedy Brasil está sendo duramente criticada nas redes sociais. A peça utiliza tragédias como a escravidão dos negros no continente americano, a formação da Ku Klux Klan e a Segunda Guerra Mundial como ‘incentivos’ para a criatividade.
– Publicitários negros discutem o racismo na propaganda da melhor maneira possível
Ao ressaltar ‘bons exemplos’ surgidos de crises, a peça erra o tom completamente nas suas insinuações. Não existe efeito colateral positivo em 300 anos de escravidão, em uma guerra que matou dezenas de milhões de pessoas, na existência de um grupo supremacista branco nos EUA ou na ditadura militar brasileira.
Campanha de péssimo tom coloca ‘lado positivo’ de crises humanitárias e tragédias da humanidade
Confira a peça:
hoje um publicitário vai estragar meu dia.
parabéns clube de criação 👍🏽 pic.twitter.com/yyz5DJFR96
— ana luiza 🦑 (@anarroz) September 1, 2021
O mote da crise como oportunidade não é novo. Basta se lembrar da máxima do governo de Michel Temer, que manteve discurso parecida em suas campanhas publicitárias:
– Humorista negro diz que mandou Carrefour ‘tomar no c* após e-mail com proposta publicitária
Desde então o Brasil mergulhou numa crise social e econômica. Temer fica conhecido pela máxima: “Não pense em crise, trabalhe”. #Golpe1Ano pic.twitter.com/OQBxBLHFni
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) May 12, 2017
A campanha da W+K foi criticada, inclusive, por pessoas de dentro da indústria. Ian Black, sócio-fundador e diretor executivo da New Vegas, criticou o trabalho. “O problema maior desse vídeo indigesto e indecente do Clube De Criação e da Wieden + Kennedy é que o prejuízo não ficará com os seus membros ou com a agência que compactou com isso, mas com todas as pessoas pretas que vão protestar publicamente e serão silenciosamente queimadas pelos melindres da frágil mas hegemônica masculinidade branca, que em pleno 2021 relativiza os horrores da escravidão, da guerra e da ditadura, classificando-as como crises e apresentando movimentos artísticos e políticos complexos como consequência compensatória”, disse.
– Retardado, gordice, baianagem: projeto combate termos preconceituosos na publicidade
Os responsáveis da campanha retiraram o projeto do ar e se desculparam pela produção. “Hoje, o Clube de Criação e a Wieden+Kennedy divulgaram um novo filme em suas redes. Tão logo as reações negativas surgiram, entendemos o quão imprópria a mensagem é – por isso decidimos retirá-lo imediatamente do ar. Pedimos as mais sinceras desculpas , disseram as empresas em nota conjunta.
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