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O futuro não existe, e o cérebro humano funciona como uma máquina do tempo com vários relógios diferentes para compreender e melhor lidar com a passagem das horas, dos anos, das décadas – esses são alguns dos pontos gerais que vêm colocando o trabalho do neurocientista estadunidense Dean Buonomano no centro dos mais interessentes e importantes debates científicos e filosóficos da atualidade. Professor de neurobiologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Buonomano é autor do livro Your Brain is a Time Machine – The Neuroscience and Physics of Time (Seu cérebro é uma máquina do tempo – a neurociência e a física do tempo, em tradução livre), e vem sendo apontado por especialistas como um dos primeiros cientistas a avançar no estudo das formas como nosso cérebro compreende e codifica algo tão essencial, fundamental e, ao mesmo tempo, complexo e abstrato quanto o tempo.
O professor e neurocientista estadunidense Dean Buonomano © Arquivo Pessoal
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O contexto para a entrevista que a BBC News Mundo realizou com Buonomano não poderia ser mais instigante e importante: por conta da pandemia, nossa percepção sobre as tantas passagens do tempo e seus mais variados impactos e sentidos. Outros temas indiretos, como o livro arbítrio, a liberdade e nossas ilusões, são também tratados na entrevista, que mergulha em interessantes investigações – simbólicas e filosóficas e, ao mesmo tempo, neurológicas, biológicas, científicas – sobre como pensamos o passado, o presente e principalmente o futuro. “Não acredito na ideia de que o futuro de alguma maneira exista, ou de que o passado exista de uma forma real”, disse o cientista e pensador.
O tempo, em suas tantas percepções, também é uma construção de nosso cérebro
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Para Buonomano, só o presente é real – o que não quer dizer, porém, que todos nós estejamos vivendo o mesmo presente: não há, assim um “presente absoluto” nem mesmo uma noção absoluta de tempo. Tais diferenças de percepção, na visão do cientista, se agravou especialmente no contexto da pandemia atual. “Sentimos que os meses passam muito rapidamente. Mas quando olhamos para trás, quando nos falam de algo que aconteceu antes da pandemia, sentimos que faz muito tempo, talvez mais do que realmente passou se não tivesse havido uma pandemia no meio”, diz, na entrevista para a BBC.
Usamos o passado para construir o futuro, segundo o cientista
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A noção do cérebro como máquina do tempo se dá, segundo Buonomano, na forma como usamos o passado para construir o futuro. “Eu me centrei na ideia de como o cérebro vai armazenando memórias que depois vai usar para nos orientar a seguir adiante. Minha grande motivação é poder ver como isso ocorre e porque o nosso cérebro faz isso”, diz. O cientista estuda as muitas formas diferentes com que o cérebro compreende e abstrai o tempo – os muitos relógios internos que nossa cabeça possui, e que afetam diretamente nossa experiência de vida, desde o ritmo cardíaco até os nossos próprios planos – e muito mais.
Enquanto isso, o futuro de fato não existe
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A matéria da BBC News Mundo com a entrevista na íntegra pode ser lida aqui.
O cérebro, uma máquina do tempo feita de muitos relógios
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