Debate

Governo federal nomeia condenado pela morte do índio Galdino para cargo de chefia na PRF

02 • 09 • 2021 às 14:56 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Condenado pela morte do índio Galdino Jesus dos Santos, Gutemberg Nader de Almeida Júnior foi promovido pelo governo federal para um cargo comissionado na Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde é servidor concursado. Com informações do jornal Extra. 

O crime aconteceu em 1997, quando Gutemberg e outros quatro homens queimaram vivo o indígena pataxó em Brasília. A vítima dormia em um ponto de ônibus na capital federal quando os acusados, de classe média, decidiram “dar um susto” e fazer uma “brincadeira”.

– O que é o marco temporal e como ele pode legitimar injustiças contra povos indígenas

Governo federal nomeia condenado pela morte do índio Galdino para cargo de chefia na PF

Por ser menor idade na época do crime, Júnior cumpriu medida socioeducativa de liberdade assistida. Já os demais, Max Rogério Alves, Antonio Novely Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida e Eron Chaves Oliveira foram condenados no júri popular por homicídio doloso (com intenção de matar) em 2001 e receberam pena de 14 anos de prisão, em regime integralmente fechado. Em 2004, os quatro ganharam direito à liberdade condicional.

– Garimpo em terras indígenas aumentou 495% nos últimos 10 anos no Brasil

Antes de ser aprovado na PRF, Júnior chegou a passar em um concurso da Polícia Civil do Distrito Federal, mas foi impedido de tomar posse pois uma das exigências é “ter procedimento irrepreensível e idoneidade moral inatacável, os quais serão aferidos por meio de sindicância de vida pregressa e investigação social”. Em outras palavras: não ter histórico criminal.

Publicidade

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal


Canais Especiais Hypeness