Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Na mesma semana em que bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes para defender um golpe contra o Supremo Tribunal Federal, milhares de mulheres indígenas ocuparam as ruas de Brasília para lutar contra o Marco Temporal que está sendo julgada na corte.
O STF julga o caso da Advocacia Geral da União (AGU) contra o povo Xokleng, de Santa Catarina, que luta pela demarcação de suas terras no estado. A principal tese do governo Bolsonaro para negar a demarcação dessa Terra Indígena é a ideia do marco temporal, que sugere que as TIs só podem ser demarcadas caso os indígenas comprovadamente habitassem a região na data da promulgação da Constituição Federal de 1988.
– Bolsonaro será 1º a não demarcar terras indígenas; relembre falas preconceituosas do presidente
Mulheres indígenas lideram manifestação em Brasília para revogação constitucional da tese do marco temporal
Caso o tribunal dê um parecer favorável ao governo federal, um precedente para a anulação das demarcações já existente será aberto e milhares de indígenas poderão perder seu local de vida e suas formas de subsistência.
O relator do caso, Edson Fachin, emitiu voto e parecer favorável aos povos indígenas, dando direito ao povo Xokleng de manutenção de suas terras.
– Tenente do exército e coordenador da Funai, militar sugere ‘meter fogo’ em indígenas isolados
“A terra para os indígenas não tem valor comercial, como no sentido privado de posse. Trata-se de uma relação de identidade, espiritualidade e de existência, sendo possível afirmar que não há comunidade indígena sem terra, num ponto de vista étnico e cultural, inerente ao próprio reconhecimento dessas comunidades como povos tradicionais e específicos em relação à sociedade envolvente“, reconheceu Fachin em seu voto.
“O povo Xokleng recebeu o voto com muita festa, porque trouxe a mensagem de que o direito dos povos indígenas é assegurado pela lei. Entendemos que a justiça deve ser feita. Estamos esperançosos que seja uma votação que garanta para a sociedade brasileira a preservação do meio ambiente”, afirmou ao Jornal o Globo Brasílio Pripra, líder do povo Xokleng, que está no acampamento dos indígenas em Brasília desde o fim de agosto.
Vitória dos indígenas está mais próxima como voto do relator Edson Fachin; derrota seria praticamente o fim das TIs em nosso território
Segundo a organização da primavera indígena que ocorre em Brasília, há mais de 6 mil pessoas representando cerca de 176 povos originários do nosso país.
Agora, os manifestantes – e todo o povo brasileira – aguarda para saber qual será o resultado do caso no plenário do Supremo Tribunal Federal.
Publicidade
O debate sobre sexualidade evoluiu, mas não o suficiente para se livrar das amarras do machismo. A afirmação se...
Assim como somos capazes de farejar racismo e outros preconceitos mesmo que velados, da mesma forma também é o faro...
A moradora de Belo Horizonte (MG) e dona de casa Susy Costa, de 56 anos, fazia um faxina em casa quando decidiu...
A atitude de Anitta durante o Carnaval provocou debate sobre a criminalização do corpo negro. No sábado (9), a...
O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou uma mulher em situação análoga a escravidão em Santos, no bairro...
Anos Incríveis é daqueles seriados que marca a vida de uma geração. Exibido nos Estados Unidos entre os anos de...
The Intercept Brasil publicou a reportagem “O amigo do amigo de meu pai”, da revista Crusoé, que foi censurada...
Sahar Khodayari ateou fogo no próprio corpo e morreu por não poder ver uma partida de futebol. O caso aconteceu no...
Quando se fala em aborto no Brasil, muita gente associa de cara a coisa toda com clínicas escuras e escondidas,...