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Não é difícil compreender a motivação do técnico de futebol Roger Machado em seu compromisso e sua dedicação contra o racismo, a partir de sua solitária posição de destaque como o único treinador negro de destaque no futebol brasileiro: antes de ser demitido do comando do Fluminense no último dia 21, Roger era o único técnico de futebol negro em atividade na primeira divisão do futebol brasileiro. Com sua demissão recente, ao assumir como interino cargo o ex-jogador e auxiliar técnico do tricolor carioca Marcão se tornou o único treinador negro à beira do campo na série A.
Roger ainda como técnico do Fluminense, em partida pela Libertadores de 2021 © Getty Images
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O esforço de Roger Machado em tal luta tem a educação e a leitura como um dos mais importantes veículos de incentivo, inclusão e visibilidade no combate ao racismo – especialmente ligada à literatura negra e indígena. Desde o ano passado que livro do selo Diálogos da Diáspora vem sendo publicados com o apoio do projeto social Canela Preta, liderado pelo treinador e ex-jogador. A ideia da iniciativa é oferecer voz a autores oriundos das populações negras e indígenas, a fim de contrariar um cenário editorial nacional em que menos de 10% dos livros publicados no Brasil são escritos por tais grupos minoritários.
Alguns dos livros já lançados pela coleção © Instagram/Reprodução
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Para o primeiro edital aberto, foram enviadas mais de 250 obras, e a segunda chamada para publicação está aberta até o dia 5 de outubro – a intenção é publicar 50 livros em cinco anos. Além do incentivo à literatura, o projeto também atua custeando bolsas de estudo e até mensalidades de faculdades, bem como oferecendo cestas básicas a aldeias indígenas necessitadas – nas palavras do próprio treinador, a iniciativa é uma forma de “retribuir um pouco” o que o esporte lhe deu.
O treinador ganhou a medalha do Mérito Farroupilha em Porto Alegre © Facebook/Reprodução
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O quadro de descriminação no futebol é tão agudo e simbólico do tecido social brasileiro quanto qualquer outro contexto profissional no país: ainda que dentro do campo existam jogadores negros, entre os técnicos, e mais ainda dirigentes e empresários, tal presença é rara ou mesmo nula. Conforme denuncia a importante atividade do Observatório do Racismo, a estrutura do esporte é essencialmente racista e desigual – afetando inclusive campos indiretos, como o jornalismo esportivo, até mesmo entre narradores e comentaristas nas transmissões das partidas.
Roger e Marcão © Observatório do Racismo
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