Ciência

Tubarão engravida de si mesma e dá à luz filhote na Itália; entenda

06 • 09 • 2021 às 12:19 Ricardo Moyano
Ricardo Moyano Designer por formação e Mestre em Animação Audiovisual pela Universidade Autônoma de Barcelona, Ricardo Moyano atua há 21 anos no mercado de criação. Na Globosat há 12 anos, atualmente lidera o departamento de comunicação e branding, agência in house da Globosat, tendo passado anteriormente pelos cargos de gerente de criação e coordenador de criação. Nesse período, esteve à frente dos principais projetos de posicionamento, identidade visual e comunicação de marcas como GNT, SporTV, Multishow, Viva, Gloob e Combate.

Um caso raríssimo de partenogênese aconteceu na Itália. Uma fêmea do tubarão conhecido como cação-liso ou Mustelus mustelus, comum na costa mediterrânea, engravidou de si mesma. Ela vive no aquário Cala Gonone, na Sardenha. Em seu tanque havia apenas tubarões fêmeas e ela assim deu à luz a outra tubarão.

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Em um aquário somente com fêmeas, uma nova tubarão fêmea acabou nascendo

O processo é chamado de partenogênese. Ele é bem comum no mundo vegetal, mas alguns animais também são capazes de realizar esse tipo de reprodução assexuada. Basicamente, a fêmea gesta um ‘clone’ seu a partir de seus zigotos e dá a luz sem a necessidade de um macho.

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Nesse caso, a fêmea Ispera, recém-nascida, será objeto de estudo dos cientistas. Eles irão analisar seu DNA para confirmar se se trata de um caso de partenogênese. Caso seja assegurado que ela tenha esse origem, esse será o primeiro caso registrado desse tipo de reprodução na espécie Mustelus mustelus.

“Caso tenhamos essa confirmação, será uma descoberta científica de impacto considerável. Assim, teremos uma chance de entender qual é o papel da partenogênese entre tubarões na natureza”, disse o aquário Cala Gonone, responsável por Ispera. O nome significa ‘esperança’ na língua sarda.

A pequena Ispera se tornou um mistério para os cientistas após nascer em um tanque de fêmeas, mas uma forma de reprodução assexuada pode explicar o fenômeno.

“Esse forma de reprodução é um mecanismo que permite que o óvulo seja fertilizado por um óvulo imaturo, que age na prática como um esperma. A partenogênese acaba sendo opcional em espécies que normalmente se reproduzem sexualmente, mas se  torna mais comum quando há populações pouco densas, quando fêmeas têm pouca chance de encontrar um parceiro masculino”, explicou o aquário em um comunicado no Facebook.

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Fotos: Reprodução/Acquario Cana Galone


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