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No último dia 6 de setembro, Dia do Sexo, Zezé Motta decidiu participar da conversa sobre o assunto. Aos 77 anos, a célebre atriz brasileira falou nas redes sociais sobre como tem lidado com a libido nos últimos anos e fez uma declaração inspiradora e quebradora de tabus: “Tenho muito a falar sobre sexo”.
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Zezé Motta diz ter muito a falar sobre sexo aos 77 anos
Zezé Motta começou tratando do estereótipo racista que cerca a sexualidade de mulheres negras. Mesmo mais velha, Zezé ainda se depara com pensamentos criados por antigos papéis na TV. “O sexo sempre esteve muito presente na minha carreira. Foram inúmeros os papéis onde eu expunha o meu corpo a favor da arte. Nunca vi isso como ser vítima do estereótipo racista que a mulher negra é mais fogosa. Isso é um mito”, explicou.
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Ainda sobre estereótipos, Zezé Motta relembrou do papel de “Xica da Silva”, um dos mais marcantes de sua carreira. Ela foi estrela do filme homônimo de Cacá Diegues, lançado em 1976. Segundo ela, o destaque no longa afetou suas relações sexuais com homens, que procuravam uma experiência com a personagem – isso a levou para a terapia.
“Foi complicado porque eu fiquei no imaginário masculino com a Xica e demorou… Fui percebendo que era uma fantasia transar com a Xica porque tinha essa carga forte do filme, da personagem que dançava nua e que enlouquecia os homens. Meus parceiros sexuais tinham uma expectativa de que eu fosse a Mulher-Maravilha na cama. Teve um que falou: ‘quando um filme se torna realidade’. Eu me senti no dever de ser a Mulher-Maravilha na cama. Então, eu ficava muito mise-en-scène e esquecia do meu prazer porque não podia decepcionar”, relembrou Zezé.
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Zezé Motta como Xica da Silva no filme de 1976
Zezé Motta disse ainda que sua atual relação com sexo está bem melhor. A atriz afirmou que consegue passar anos sem transar e fazer somente quando realmente tem vontade. “Jamais imaginaria ficar um ou dois anos sem fazer sexo no passado. Hoje em dia, sei que isso é possível. Posso até sentir falta, mas dá para ficar sem”, revelou.
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