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Ao norte do estado de Minas, em uma região compreendida por cerca de 89 municípios, marcada pela vegetação do cerrado e conhecida como Campos Gerais, o Movimento Geraizeiro resiste, representando uma população, uma forma de vida, de produção agrícola, de relação com essa vegetação e a natureza. Não por acaso, o Movimento é também denominado como “guardião do cerrado”: representando tal comunidade, que busca manter viva suas tradições, bem como proteger o segundo maior bioma do Brasil, através de uma vida comunitária, integrada, consciente e sustentável.
Cerrado fechado típico do norte de Minas
-Apagão que ameaça Brasil pode ter explicação no desmatamento do Cerrado
A identidade da população geraizeira só foi reconhecida pelo governo federal em fevereiro de 2007, a partir do Decreto Nº 6.040, que estabeleceu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais: o movimento, porém, é muito anterior, e remonta principalmente aos anos 70, quando o minério de ferro e a monocultura do eucalipto foi estabelecida na região, a partir de um estimulo governamental. A prática trouxe dinheiro a quem já tinha, mas acabou com a água na região, e devastou parte do bioma: o Movimento Geraizeiro visa justamente retomar práticas de respeito ao ecossistema e, assim, proteger também as tradições locais.
A bandeira posiciona o movimento geraizeiro como guardião do cerrado © Facebook/reprodução
-Parque Juquery, com 60% do verde destruído pelo fogo, é última reserva de cerrado em SP
Uma característica marcante e importante entre as comunidades geraizeras é a criação do gado solto, sem cercas, como forma também de manejar e não machucar o meio-ambiente. Outra característica é a prática do extrativismo, retirando os recursos da natureza mas sempre respeitando os ciclos, os limites das terras e a produção saudável – no caso da mangaba, por exemplo, eles costumam utilizar os frutos que já caíram no chão. Além disso, o cultivo é diverso e em pequena escala, também respeitando os ciclos e as possibilidades de cada terreno.
Pôr-do-sol em pasto no cenário do cerrado
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O movimento também luta pela própria proteção das terras, a fim de impedir que a monocultura, o minério e as grandes produções de gado invadam ainda mais os terrenos – e sigam destruindo o cerrado. É, portanto, uma série de práticas agroecológicas que respeitam os ecossistemas e que se afirmam como tradições: o cultivo de sementes milenares, e a prática de técnicas também ancestrais, são armas complementares de tal luta, que tem como objetivo defender o bioma para, assim, defenderem também as próprias vidas.
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