Ciência

Atlas detalhado do cérebro dos mamíferos é resultado da junção de 17 estudos

19 • 10 • 2021 às 07:52 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um grupo de diversos neurocientistas publicou, em conjunto, 17 estudos que explicam, com detalhes, o funcionamento do cérebro dos mamíferos. O projeto foi resultado de cinco anos de trabalho que traçou uma espécie de atlas do órgão e pode ajudar no tratamento de doenças cerebrais. 

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O estudo foi organizado por um consórcio científico do National Institutes of Health’s Brain Research Through Advancing Innovative Neurotechnologies, chamado de BRAIN Initiative e publicado na revista científica “Nature“.

O movimento dos corpos dos mamíferos é controlado por uma região do cérebro chamada córtex motor primário. É de lá que saem os impulsos neurais que controlam o que vamos fazer com as nossas mãos, pés e com todas as partes do nosso corpo por meio de movimentos voluntários e involuntários. 

Foi exatamente essa região escolhida para ser estudada nessa pesquisa imensa. Isso porque essa parte do cérebro é muito semelhante entre todas as espécies de mamíferos. 

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Ao todo, 116 tipos de células que atuam com essa funcionalidade foram identificadas pelo grupo de pesquisadores. Com a ajuda de recursos tecnológicos como inteligência artificial e aprendizado de máquina, eles analisaram o funcionamento do córtex de humanos, macacos saguis e de camundongos.  

Os cientistas investigaram o comportamento de cada grupo de células e suas estuturas. Eles puderam entender como elas se conectam entre si e particularidades como suas propriedades elétricas. A pesquisa foi, basicamente, um “censo populacional” das células cerebrais. 

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Ao compreender quais células são vulneráveis ​​a diferentes doenças cerebrais, podemos entender melhor e, em última análise, tratar as próprias doenças. A esperança com esses estudos é que, ao fazer essa classificação fundamental dos tipos de células, possamos lançar as bases para a compreensão da base celular da doença“, explicou Ed Lein, pesquisador líder do Intituto Allen para Ciência do Cérebro e pesquisador principal em vários estudos da BRAIN Initiative. 

 

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Fotos: Allen Institute


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