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Carlos Higa, de 72 anos, era um dono de banca de jornal na Vila Nova Cachoeirinha, bairro periférico da Zona Norte de São Paulo. Pegou covid-19 e, depois de 191 dias internado, finalmente recebeu alta. Quando saiu do hospital, a conta chegou: agora, sua família deve R$ 2,6 milhões para o Hospital São Camilo.
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A família não faz ideia de como quitar a dívida milionária. A professora da rede municipal e doutora em microbiologia Juliana Suyama Higa, de 37 anos, filha de Carlos Higa, já gastou todas as suas economias e fez uma vaquinha que arrecadou R$ 50 mil, mas ainda não faz ideia de como pagar a rede privada de saúde.
“Eu sei que estou devendo, estou preocupada, posso dizer inclusive desesperada. Confesso que ainda não sei como vou pagar. O importante é que ele está aqui. Eu realmente achei que ele não ia ficar com a gente. Eu vi meu pai entrando em coma. Os médicos desenganaram e não foi só uma e nem duas vezes. Foi uma luta surreal. Não tem como descrever”, afirmou Juliana Higa ao G1.
Seu Carlos ficou intubado durante 100 dias. Além disso, sofreu com sequelas da covid-19 e, mesmo com a alta, ainda terá de ter cuidados de fonoaudióloga e fisioterapeuta para se recuperar dos danos que o vírus causou em seu corpo.
“A gente não está se recusando a pagar, se tivéssemos [o dinheiro], teríamos pagado, mas esse valor é surreal para qualquer família de classe média. Sou professora, meu pai era dono de banca de jornal. Não temos condições”, completou a filha de Seu Carlos.
Segundo Juliana, ela chegou a procurar a rede pública depois que Seu Carlos foi extubado, mas os médicos do hospital afirmaram que não tinham estrutura para fazer os cuidados necessários para o paciente. Por isso, ela voltou ao São Camilo e a conta que já era cara aumentou mais ainda. E agora?
Nos EUA, onde não existe sistema público de saúde, as histórias desse tipo são ainda mais comuns e, muitas vezes, mais trágicas. O New York Times contou o caso de um homem que ficou devendo mais de 1 milhão de dólares para um hospital mesmo depois que seu pai morreu de covid-19 nesse ano.
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Leitos de hospital nos EUA já eram caros e pandemia tornou situação insustentável
Uma reportagem do L.A Times contou a história de Patricia Mason, uma mulher da Califórnia que ficou durante um mês internada com covid-19. Antes da doença, ela já trabalhava por mais de 8 horas e, agora, equilibra seu tempo em dois empregos de período integral para pagar uma dívida de US$ 1,3 milhão a um hospital privado dos EUA.
O problema se aprofunda se considerarmos a crise econômica causada pela covid-19. “No último ano, três fatores fizeram com que as dívidas hospitalares explodissem. As pessoas perderam os seus planos de saúde, as pessoas perderam seus empregos e, sem renda, não conseguiram pagar pelos custos de seus tratamentos”, explica Matthew Einsenberg, professor de Economia da Saúde na Universidade Johns Hopkins.
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