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As mudanças climáticas não são somente uma ameaça ao futuro ambiental do planeta, mas também à segurança nacional dos EUA e à estabilidade política do planeta: essa é a mais importante conclusão de um relatório desenvolvido pelas 18 agências de inteligência do governo dos EUA sobre o tema, primeiro documento a relacionar os efeitos da crise climática sobre a segurança do país. Intitulado “Estimativa Nacional de Inteligência sobre as Mudanças Climáticas“, o relatório de 27 páginas parte da imensa desigualdade social e econômica para compreender que as mudanças climáticas podem se tornar um campo de batalha geopolítica ao invés de uma oportunidade de cooperação internacional, especialmente pela necessidade de implementação de mudanças econômicas e tecnológicas para combater os efeitos da ação humana sobre o meio-ambiente.
A produção de energia e emissão de gases poluentes são temas centrais do debate © Wikimedia Commons
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Em suma, os países mais pobres, que costumam estar entre os mais problemáticos dentro do tema, terão dificuldades de abandonar práticas de produção poluentes, e terão de contar com a ajuda dos países mais ricos, em tendência projetada até o ano de 2040, e baseada em estudos realizados pelo governo dos EUA e do do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).”A tendência global cresce na direção de reduções mais ambiciosas da emissão de gases do efeito estufa, mas as políticas e campanhas atuais não são suficientes para que os países alcancem os objetivos do Acordo de Paris”, diz o texto do relatório. “Países estão debatendo sobre quem deve agir primeiro, e competindo pelo controle da crescente transição para energia limpa. Os efeitos físicos irão exacerbar as tensões principalmente a partir de 2030, e países-chave e regiões irão enfrentar o risco crescente de instabilidade e necessidade de ajuda humanitária”.
A situação dos refugiados é agravada diretamente pelas mudanças climáticas © Wikimedia Commons
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O relatório foi encomendado pelo presidente Joe Biden, e publicada pouco antes da Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas (COP 26), que se inicia no próximo dia 31 em Glasgow, na Escócia. A futura crise prevista pelo estudo, portanto, se baseia na incapacidade de cooperação do planeta criando um quadro de competição e instabilidade sobre um tema que afeta diretamente a todos. Um exemplo apontado pelo documento recai sobre a economia dos países do Oriente Médio, alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, que terão suas economias afetadas com a redução do uso de combustíveis fósseis; outro exemplo é o derretimento das calotas polares, e o impacto direto de tal processo sobre as regiões costeiras e pesqueiras.
O derretimento do gelo é apresentado como exemplo do problema no relatório © PxFuel
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O documento também aponta alguns dos países mais pobres que terão dificuldades especiais de se adaptarem a um futuro mais verde, e que estão entre os países mais afetados pelas mudanças climáticas: Afeganistão, Burma, Índia, Paquistão e Coréia do Norte no sul e no leste da Ásia; Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua na América Central e Caribe, e ainda Iraque e Colômbia foram listados, junto de outras regiões da África Central e do Pacífico. A instabilidade em tais regiões irá, segundo o relatório, provocar novas ondas de refugiados, e aumentar a pressão sobre as fronteiras dos EUA, criando novas demandas humanitárias.
Abandonar a dependência dos combustíveis fósseis é necessidade urgente para combater as mudanças climáticas © Pixabay
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Segundo o estudo, não basta que um país decida se adaptar econômica e tecnologicamente às necessidades ambientais, pois tais isolamentos entre os países mais ricos poderá simplesmente agravar as situações no resto do planeta. “Apesar das vantagens geográficas e financeiras, os Estados Unidos e seus parceiros irão enfrentar desafios custosos que se tornarão mais difíceis de serem administrados sem um esforço combinado pela redução das emissões”, diz o texto, que pode ser acessado, na íntegra e em inglês, aqui.
A redução das emissões é também afetada pela desigualdade social © Wikimedia Commons
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