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Bastante utilizada em filmes e programas de auditório na TV por puro entretenimento, a hipnose costuma não ter sua eficácia levada a sério. O que muita gente não sabe é que ela é uma forma de tratamento médico e terapêutico incrivelmente eficiente. Admitida pelo Conselho Federal de Medicina e pautada pela Sociedade Brasileira de Hipnose, a hipnose clínica é utilizada de diversas maneiras, como a auto-hipnose, por exemplo, para tratar da saúde emocional e física das pessoas.
Com o objetivo de sanar as principais dúvidas, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o universo da hipnose.
A hipnose é um estado mental de concentração extrema e consciência secundária mínima induzido por determinadas instruções preliminares. Essa condição permite que o indivíduo fique profundamente relaxado e mais suscetível a sugestões, facilitando a experimentação de novas percepções, pensamentos, sensações e comportamentos.
Durante o procedimento de indução hipnótica, o sistema límbico, responsável pelo processamento da dor, da memória e de outros sinais e sentimentos do corpo, é ignorado pelo neocórtex, a região cerebral encarregada da consciência. Por causa dessa impossibilidade de comunicação, a mente da pessoa hipnotizada fica sem qualquer referência e completamente vulnerável aos comandos do hipnotizador.
Apesar dos efeitos que gera serem intensos, a hipnose não é e não deve ser confundida com uma forma de sono induzido. Quando atinge um estágio de transe mais profundo, ela pode ser definida como um estágio anterior ao do sono. As pessoas que se submetem ao transe hipnótico estão acordadas, cientes de que estão sendo hipnotizadas e de suas ações.
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As primeiras evidências da hipnose que mais se parece com a que conhecemos hoje surgiram no século XVIII a partir do trabalho do médico alemão Franz Anton Mesmer (1734–1815). Ele acreditava que supostos fluidos magnéticos provenientes da atração gravitacional entre a Terra e o resto do universo afetavam a saúde do corpo humano. Para evitar que o desequilíbrio desse fluido deixasse as pessoas doentes, desenvolveu um tratamento de correção.
Baseando-se nas suas experiências com o manuseio de ímãs, Mesmer realizava o procedimento de cura fazendo movimentos com as mãos na frente do corpo do paciente. É daí que nasceu a palavra “mesmerizar”, sinônimo de “enfeitiçar”, “fascinar”, “magnetizar”, porque era exatamente o que ele gerava nas pessoas com suas técnicas de hipnose.
Após uma investigação ordenada pelo rei da França Luis XVI e a indignação da comunidade médica convencional, Mesmer foi considerado charlatão e expulso de Viena. A partir da década de 1780, as técnicas desenvolvidas por ele perderam credibilidade e passaram a ser proibidas.
Retrato de James Baird. Liverpool, 1851.
Quase um século depois, o médico escocês James Baird (1795-1860) retomou os estudos de Mesmer. Ele foi o responsável por introduzir o termo “hipnose”, uma junção das palavras gregas “hipnos”, que significa “sono”, e “osis”, que significa “ação”. Mesmo equivocado, pois hipnose e sono são coisas completamente diferentes, o nome se consolidou no imaginário médico e popular.
Baird e sua abordagem mais científica permitiram que outros estudiosos também se interessassem pelas técnicas hipnóticas. Os principais deles foram Jean-Martin Charcot (1825-1893), o pai da neurologia, Ivan Pavlov (1849-1936) e Sigmund Freud (1856-1939), que utilizou a prática em seus pacientes no início da carreira.
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Mas a hipnose só se tornou completamente aceita pela comunidade científica em 1997, graças às pesquisas de Henry Szechtman. O psiquiatra norte-americano conseguiu provar que ela existe e estimula o cérebro de um jeito específico. O estado hipnótico é uma simulação aprimorada da realidade, mais poderoso do que a imaginação. Por isso, pessoas hipnotizadas são capazes de ouvir, ver e sentir facilmente tudo aquilo que é sugerido pelo hipnotizador.
O psiquiatra Milton Erickson também aprofundou os estudos sobre hipnose e fundou a American Society of Clinical Hypnosis. Além disso, ele desenvolveu as próprias técnicas, todas baseadas na sugestão indireta, em metáforas e conversações. Segundo ele, induções autoritárias tinham mais chances de sofrer resistência por parte dos pacientes.
A hipnoterapia deve ser feita apenas por profissionais qualificados.
A hipnoterapia, técnica terapêutica que faz uso da hipnose, é indicada para tratar diversas condições médicas, como depressão, síndrome do pânico, insônia, ansiedade, tabagismo, alcoolismo, distúrbios alimentares e sexuais, fobias e até mesmo rinite alérgica. Por meio de comandos induzidos, o hipnoterapeuta consegue acessar memórias esquecidas no subconsciente do paciente, detectar antigos traumas e amenizá-los.
Durante esse processo, as pessoas não têm suas lembranças apagadas, mas aprendem formas mais saudáveis de lidar com elas. O objetivo é desenvolver novas respostas aos estímulos habituais do cotidiano: mudar as ações para fugir do sofrimento que a estagnação mental gerou.
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É importante lembrar que cada indivíduo é único, com traumas, histórias e vivências diferentes. Por isso, o tratamento hipnoterapêutico não segue uma fórmula específica, ele é adaptado às necessidades do paciente. Sessões de hipnose devem ser realizadas por profissionais qualificados, pois, se forem indevidamente ministradas, podem desencadear experiências e memórias indesejadas. Outro ponto fundamental é entender que não é possível induzir qualquer sugestão contra a vontade de uma pessoa em estado hipnótico porque ela não deixa de estar consciente.
“A hipnose serve para controlar a mente de uma pessoa”: A hipnose não é capaz de controlar a mente ou obrigar que alguém faça uma coisa que não queira. Pessoas hipnotizadas continuam conscientes e todas as técnicas hipnóticas são realizadas de acordo com seus desejos e sob seus consentimentos.
“É possível apagar memórias por meio da hipnose”: É comum que algumas pessoas esqueçam certas memórias por um momento, mas elas lembrarão logo depois.
“Só quem é fraco consegue ser hipnotizado”: O transe hipnótico nada mais é que um estado de alta atenção e concentração. Por isso, todos apresentam potencial para serem hipnotizados, em maior ou menor grau. Depende da vontade de cada um.
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“É possível ficar hipnotizado para sempre e nunca mais voltar ao normal”: O estado de hipnose é momentâneo, isso significa que ele vai chegar ao fim assim que a sessão de terapia acabar. Se o terapeuta parar de induzir estímulos e sugestões, o paciente desperta do transe naturalmente sozinho.
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