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A música pode nos levar por diferentes caminhos e sensações – inclusive para o sono! Agora um Sleep Tales surge como primeiro selo brasileiro focado em músicas para dormir. Quem curte navegar nas ondas sonoras do lo-fi, seja para estudar, trabalhar, dormir ou acalmar a ansiedade, pode já ter cruzado com alguma música do artista colours in the dark.
Ele despontou no streaming há cerca de um ano com uma faixa composta para ajudar na própria insônia, agravada pela insegurança trazida pela pandemia. Depois, evoluiu para uma playlist lofi sleep, lofi rain, que foi conquistando ouvintes pelo mundo, organicamente, e tudo cresceu sobremaneira, de modo que agora o colours – Daniel Sander na identidade -, lança o seu selo musical. O Sleep Tales chegou ao mundo em 4 de outubro, já com surpresa: uma rádio 24 horas no YouTube.
“Tenho muita insônia e faço a curadoria a partir dos meus critérios. Acredito que a playlist estourou por ser pensada para facilitar o sono. Nisso, acabei criando um subgênero do lo-fi. O selo e a rádio serão focados em músicas para dormir”, diz ele, um carioca tranquilo de 27 anos, economista de formação e músico por paixão.
Entre uma noite virada e outra bem dormida, a playlist caiu no gosto popular e foi catapultada para as top 5 do nicho no mundo, com cerca de 18 mil ouvintes diários. Hoje, está com mais de 180 mil seguidores – e esse número segue em crescimento acelerado. Pudera! O lo-fi foi recentemente apontado pelo “YouTube – Arts and Culture Report 2021” como uma das tendências do mundo para 2022, assim como a rádio non stop. O Sleep Tales promete.
Já é rotina: às segundas-feiras, Daniel abastece a playlist. São cerca de 100 músicas novas, num esquema de rodízio. Nesse dia ele também realiza uma badalada live na comunidade que mantém num aplicativo para fazer o review do som dos artistas que mandaram faixas cobiçando entrar na playlist, além dos singles lançados por ele, que agora estarão sob a égide do selo.
“Isso faz com que os ouvintes voltem muitas vezes, na certeza de sempre encontrar novidades do subgênero e uma sequência diferente, com uma curadoria de qualidade, que não é feita por algoritmo”, explica Daniel, filho de peixe: todo esse movimento demonstra que aprendeu bastante com a mãe, a jornalista Val Becker, criadora da pioneira e premiada Rádio Graviola.
Esse ano, ele já lançou álbuns de artistas sortidos sob o nome colours in the dark, como Bedtime Beats e a Broken Heartbeats – esta obteve mais de 4 milhões de streams no primeiro mês. O setlist é bem amarrado: abre mais triste, identificado com o estado emocional de quem procura esse som, e vai provocando um relaxamento e inserindo uma energia mais alegre para conduzir o ouvinte a esse clima, já perto do final.
O primeiro lançamento oficial do selo será no próximo dia 11: O EP “Sleepwalking”, do Kainbeats, com 4 inéditas. Um dos maiores artistas de lo-fi da cena, Kainbeats mora nos Estados Unidos e possui quase 1.700.000 ouvintes mensais. No dia 25 de outubro, será a vez do EP “Still Dreaming”, do brasileiro Ricardo Schneider em colaboração com o italiano Lenny Loops – também com 4 faixas. Para fechar a trilogia, haverá a estreia em disco do jovem Atlis, do Reino Unido. “Dreamscape” virá com 7 músicas no dia 1 de novembro, depois da chegada do single duplo “Drifter” / “Free Fall” em 18 de outubro.
“Em números, o Sleep Tales é o maior selo de lo-fi da América Latina e o quarto maior do mundo”, quantifica Daniel. Ele foi um dos entrevistados do documentário “Lo-fi Hip hop: Beats & Sentimentos”, dirigido por por Gustavo de Castro e Murilo Cunha. Lançado em julho último, o filme trata da expansão do lo-fi hip hop no país do samba e da bossa nova, revelando quem faz, como, quem ouve e qual é o valor dessa música para o seu público.
O lo-fi (abreviação de low-fidelity, ou seja, baixa qualidade) nasceu como uma música em que se opta esteticamente por deixar audíveis as imperfeições da gravação ou performance. Nos anos 90, passou a ser reconhecido como um estilo de música popular no esquema faça-você-mesmo, sem a colaboração de especialistas.
O rótulo de “músicos de quarto” se ampliou no final da década 00, na medida em que se modernizaram as estações de trabalho de áudio digital. No último ano e meio, o gênero viu o seu público se multiplicar.
Acesse o Sleep Teles em todas as plataformas aqui.
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