Ciência

Vacina da malária: tudo sobre o primeiro imunizante contra a doença recomendado pela OMS

08 • 10 • 2021 às 16:45 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso da primeira vacina contra malária da história. A doença causada pelos protozoários Plasmodium é um problema de saúde pública em países do terceiro mundo há centenas de anos e, depois de um século de pesquisa, finalmente um imunizante conseguiu se demonstrar eficaz contra a doença.

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A vacina produzida pela GlaxoSmithKline, uma empresa farmacêutica do Reino Unido, mostrou grande eficácia em um sistema de 4 doses em crianças com menos de 2 anos. O imunizante só produz anticorpos contra a espécie Plasmodium falciparum, que é dominante no continente africano.

A OMS estima que mais 260 mil crianças africanas com menos de cinco anos morrem anualmente por conta da malária. Em Gana, no Quênia e no Malawi, países onde se aplicou a vacina em fase de teste, observou-se uma queda substancial no número de mortes. Mais de 2 milhões de crianças já foram imunizadas.

Agora, a tendência é universalizar a imunização no continente e desenvolver novas vacinas com outros protozoários do gênero Plasmodium. 

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Para Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, a comprovação de eficácia do imunizante “é um momento histórico. A tão esperada vacina contra malária para crianças é um avanço para a ciência, a saúde infantil e o controle da malária”.

Segundo os estudos, a vacina em apenas uma dose tem eficácia de 50% para casos graves. Por isso, um reforço de quatro doses se mostra eficaz para combater a doença e reduzir as mortes drasticamente no continente africano, que é claramente o mais vitimado por essa doença.

“Se considerarmos que são 260 mil mortes anuais de crianças menores de cinco anos, uma redução de 30% é algo considerável”, afirma o infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) em entrevista à BBC. “Essa aprovação pode servir de impulso para novos financiamentos e esforços de pesquisa para soluções ainda melhores”, completa.

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