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Em todas as eras da história da pintura e da arte em geral, grandes artistas mulheres tiveram seus trabalhos subjugados, eclipsadas ou mesmo roubados, terminando eventualmente apagadas das páginas de tal história – e essa tendência tão comum quanto terrível foi o que sucede com Suzanne Valadon, uma das mais interessantes, talentosas e desafiadoras pintoras do período. Nascida em uma família extremamente pobre em 1865, quando jovem a artista chegou a se juntar ao circo, mas um acidente enquanto ensaiava um número no trapézio a fez desistir do picadeiro e começar a trabalhar como modelo para pintores, e em pouco tempo Valadon começou a posar para os maiores nomes da Bélle Epoque no bairro boêmio de Montmartre, em Paris.
A jovem Suzanne Valadon
Valadon posando para Vojtěch Hynais
-Maruja Mallo: uma das maiores pintoras surrealistas da história esquecida por ser mulher
Foi posando para nomes como Pierre Puvis de Chavannes, Vojtěch Hynais, Gustav Wertheimer que ela se aproximou do universo da pintura – e principalmente de Pierre-Auguste Renoir, com quem começou a trabalhar em 1883, e de Henri de Toulouse-Lautrec. Antes, porém, ela sempre manteve o desenho como hábito, mas sem dividir suas obras com ninguém: Toulouse-Lautrec foi um dos primeiros artistas a tomar conhecimento do trabalho de Valadon, e a incentivá-la a seguir como desenhistas e pintora. Valadon foi pioneira como uma das primeiras mulheres a ganhar reconhecimento e espaço nas galerias da época, com um trabalho corajoso, afirmativo e forte, retratando costumeiramente mulheres independentes e firmes.
Retrato de Valadon por Vojtěch Hynais, 1889
Valadon retratada em “A Ressaca”, de Toulouse-Lautrec, 1887
Esse retrato de Valadon por Toulouse-Lautrec de 1887 foi adquirido por Theo Van Gogh, irmão de Vincent Van Gogh
Retrato de Valadon por Toulouse-Lautrec, de 1885
A nudez era também tratada e retratada em seu trabalho de forma natural e livre como meio de afirmação: no quadro Adão e Eva, por exemplo, os dois personagens foram retratados nus e buscando, ambos, a maçã na árvore, mas o escândalo foi tamanho que ela acabou pintando uma folha de figueira sobre o pênis de Adão – Eva, no entanto, foi mantida nua. Durante certo período dos anos 1890, ela chegou a manter uma relação amorosa com o grande compositor francês Erik Satie – em seguida, porém, casou-se com o pintor André Utter. Seu filho, Maurice Utrillo, fruto de um relacionamento anterior, também é reconhecido como um grande pintor do período.
A modelo em “La Natte”, de Renoir, 1884
Autorretrato, de Suzanne Valadon, 1898
Retrato de seu filho, Maurice Utrillo, por Suzanne Valadon, 1901
-Obras de Van Gogh ganham exposição imersiva
Suzanne alcançou sucesso e estabilidade financeira à época, especialmente após a galeria Bernheim-Jeune, em Paris, após o sucess de uma exposição reunindo seu trabalho com de seu filho Maurice e de seu marido, Utter, passou a oferecer um pagamento anual de 1 milhão de francos – algo equivalente a cerca de 3,8 milhões de euros atualmente – por todas as suas futuras pinturas. Em 1931, aos 67 anos, a coragem seguia como tônica de seu trabalho, e ela pintou um autorretrato vestindo somente um colar de pérolas, e se hoje muita gente lembra de seu nome como a famosa “modelo” de Renoir e Tolouse-Lautrec, Valadon em verdade foi uma grande artista, talentosa, rebelde, visionária e iconoclasta, que faleceu em 1938, aos 72 anos, tendo ajudado a posicionar a figura e a afirmação da mulher na arte de então – e desde então.
“Adão e Eva”, de Suzanne Valadon, 1909
Retrato de Erik Satie por Suzanne Valadon, 1893
“O futuro revelado”, de Suzanne Valadon, 1912
“O Quarto Azul”, de Suzanne Valadon, 1923
Autorretrato de 1931
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