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Nessa semana, imagens aéreas de uma vila de garimpeiros flutuando sobre o rio Madeira acenderam o alerta vermelho para o garimpo ilegal na região amazônica. A 120 quilômetros de Manaus (AM), mais de 300 balsas se alinharam para que criminosos extraiam ouro e pedras preciosas do solo do rio, considerado um dos principais afluentes da bacia Amazônica.
A região não possui licenciamento para garimpo, o que configura crime ambiental. Especialistas alertam para a presença de relações de escravidão em operações criminosas desse tipo e, até o momento, nenhuma tentativa de repressão da atividade pelas autoridades foi registrada ou anunciada.
Vista do Rio Madeira em Porto Velho (RO); considerado um dos principais afluentes do rio Amazonas, rio é vítima de gangue de garimpeiros
Os criminosos se organizaram em vilas flutuantes que formam barreiras pelo curso do rio. Com máquinas de sucção, eles tentam extrair pedras preciosas e ouro do fundo do Madeira.
– Crianças yanomami morrem afogadas após serem sugadas por máquinas de garimpo ilegal
A chegada dos garimpeiros espantou os moradores da comunidade de Rosário, em Autazes, que fica nas proximidades de onde o crime está ocorrendo.
Confira imagens do crime ambiental:
Já são cerca de 600 as balsas e dragas de garimpo ilegal que invadiram o Rio Madeira (AM). Foram criadas “barreiras” no rio configurando um crime ambiental gigantesco!
Resultado da política ecocida de Bolsonaro que incentiva a exploração criminosa do meio ambiente.
Até quando??? pic.twitter.com/A4cUq7zSFU— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) November 25, 2021
Não é proibido cometer crimes no Brasil.
Olha aí o garimpo no rio madeira. Destruição ambiental inestimável. Pra garimpar ouro para milionários. Crime a céu aberto. Tolerado pela polícia, pelo exército e pelos políticos.
Criminalização é sobre poder, sobre relação de forças. pic.twitter.com/aV2haLFf7k
— Samuel Silva Borges I youtube.com/cifraoculta 🇵🇸 (@SamuelSilvaFB) November 25, 2021
“Nós estamos vendo aqui um conjunto de mais de 300 balsas colocadas numa ponta de rio, sem licença ambiental alguma, mas operando naturalmente à luz do dia sem ser incomodada por ninguém. São 300 balsas a menos de 30 minutos de voo da maior cidade da Amazônia e elas colocam aí em risco também toda a saúde pública da região”, afirmou o ativista do Greenpeace, Danicley de Aguiar, ao G1.
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A cena é apenas mais uma da guerra que se instaura em território amazônico contra o meio-ambiente e contra os povos indígenas. No ano passado, vimos os garimpeiros levando a covid-19 para os ianomâmis e uma série de invasões a Terras Indígenas. Nesse ano, o desmatamento se expandiu e abriu portas para a mineração e para a agricultura na região.
Enquanto isso, o governo tenta aprovar uma nova lei de mineração que, na prática, permitiria amplamente a exploração garimpeira em regiões de proteção ambiental. E os criminosos nas balsas do Rio Madeira não fazem questão de se esconder.
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“Não fazem questão de se esconder porque a retórica do governo é de apoio. Eles têm historicamente sido apoiados pelo governo e pelo governo Bolsonaro sobretudo. O governo Bolsonaro já tem dito para eles que tem licença política para atuar. Então, esse governo as ações e as omissões do governo Bolsonaro, elas têm favorecido esse tipo de ação de atividade na região e aí tem colocado a Amazônia numa espiral de destruição gigantesca”, completou Aguiar.
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