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De acordo com os dados de monitoramento do MapBiomas, que foi publicado no final de outubro, o Brasil perdeu cerca de 70 mil hectares de suas dunas, praias e areais entre 1985 e 2020. Isto é, 98 mil campos de futebol desapareceram da costa brasileira nos últimos 36 anos. Isso equivale a 15% do total da área existente no país.
Os estados mais afetados foram o Rio de Janeiro que perdeu 49% de sua superfície de dunas, praias e areais, seguido pela Paraíba, que teve uma perda de 44%. Os principais motivos para a diminuição da superfície dessas áreas são a forte pressão imobiliária sobre áreas costeiras e os empreendimentos aquícolas e salineiros, com destaque para a chamada indústria do camarão, cada vez mais frequente no Rio Grande do Norte e no Ceará, aponta o MapBiomas.
Além disso, o levantamento mostra também que o Maranhão e Rio Grande do Sul são os estados com maior área de praias, dunas e areais e que os três dos dez municípios com maior área de praias, dunas e areais ficam nos Lençóis Maranhenses. Porém, há de se pensar que o Rio de Janeiro perdeu quase 50% de suas praias, dunas e areais nos últimos anos e que o Maranhão e o Pará concentram 70% dos mangues no país.
“Por conta do Parque Nacional de Lençóis Maranhenses e da Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses, o Maranhão lidera na proteção de dunas/praias e manguezais, respectivamente”, afirma Pedro Walfir, coordenador geral de zona costeira do MapBiomas.
O Maranhão tem 98% de suas praias, dunas e areais e 86% dos seus manguezais protegidos por Unidades de Conservação. “Portanto, o Maranhão é o estado com maior extensão de ambientes costeiros protegidos por UCs do país e um dos mais conservados”, diz o pesquisador.
A preservação das praias e dunas é essencial para o controle da erosão costeira e preservação da faixa litorânea e da sua biodiversidade. Mas para além disso, as praias e dunas normalmente protegem os manguezais das ações das ondas. O levantamento do MapBiomas também analisou a área de manguezais, formações vegetais encontradas em 16 dos 17 estados costeiros do Brasil.
Mais de 78% da área de manguezais está concentrada na costa Amazônica, que se estende do Amapá até o Maranhão, abrigando os mais bem preservados e extensos manguezais do continente. Nesta região, os mangues se mantiveram praticamente estáveis entre 1985 e 2020.
Além de estarem afastados dos grandes centros urbanos na Amazônia, os pesquisadores ressaltam a importância de políticas públicas na proteção dos mangues, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste, onde eles são menos frequentes mas encontram-se mais ameaçados. O estudo estima que de 2000 a 2020, impactos ambientais provocados pelo homem foram responsáveis por 13% das mudanças desta cobertura.
É fácil calcular o impacto social e econômico da falta de proteção às zonas de mangue, uma vez que ele é considerado o berçário de 70 a 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que a população consome. Diversas espécies de peixes economicamente importantes utilizam os mangues como área de reprodução e depois voltam para o mar.
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