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Um dos mais notórios e debatidos crimes do século XX, o assassinato do líder negro Malcolm X. ocorrido em 1965, em Nova York, ganha um novo e impressionante capítulo, com a absolvição dos dois homens condenados no último dia 18. A condenação de Muhammad Abdul Aziz e Khalil Islam, à época conhecidos como Norman 3X Butler e Thomas 15X Johnson, foi questionada desde o início, e agora, 55 anos depois do julgamento, concluído no ano seguinte ao crime, admitida como um grave erro jurídico pela justiça da cidade. Os dois homens passaram décadas entre prisões preventivas, condicionais e mais de 20 anos de detenção.
O líder negro Malcolm X, assassinado em 1965
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O crime aconteceu em 21 de fevereiro de 1965, quando três homens invadiram o Audubon Ballroom, um salão de eventos e teatro localizado no bairro de Washington Heights, em Manhattan, e abriram fogo na direção de Malcolm X, durante um discurso. Um terceiro condenado, Mujahid Abdul Halim, foi baleado pelos seguranças de Malcolm X enquanto tentava fugir: ele mais tarde admitiu sua participação, mas revelou que Muhammad Abdul Aziz e Khalil Islam eram inocentes. A fala, no entanto, não foi suficiente para a abertura de uma nova investigação à época: os três homens foram condenados à prisão perpétua em 1966.
Muhammad Abdul Aziz, preso logo após o crime
Khalil Islam detido pela polícia de Nova York em 1965
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A exoneração ocorre após 22 meses de uma nova investigação, conduzida pela promotoria pública de Manhattan junto dos advogados dos dois condenados, e concluiu que o FBI e o Departamento de Polícia de Nova York retiveram provas que teriam alterado a condução do caso desde o primeiro julgamento. “Isso aponta para a verdade de que a justiça ao longo da história muitas vezes falhou em cumprir suas responsabilidades”, afirmou Cyrus Vance Jr., promotor distrital de Manhattan. “Esses homens não receberam a justiça que mereciam”, disse Vance, reconhecendo a gravidade do erro, e pedindo desculpas em nome da polícia da cidade. Os dois chegaram a ser soltos na década de 80, mas a luta para provar a inocência durou até
O prédio onde era o Audubon Ballroom, no bairro de Washington Heights, hoje
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A reabertura do caso foi conduzida junto ao escritório de direitos civis Davis Shanies e o Innocence Project, uma ONG que trabalha para reverter condenações injustas, e que já libertou mais de 2.800 inocentes nos EUA. A revisão, no entanto, também foi influenciada pela série documental “Quem Matou Malcolm X?”, dirigida por Phil Bertelsen e Rachel Dretzin para a Netflix, que aponta as contradições e erros do caso, assim como pelo livro “The dead are arising — The life of Malcolm X” (Os mortos estão se levantando – a vida de Malcolm X, em tradução livre), lançada no ano passado e vencedor do Prêmio Pulitzer, que apontou um homem de nome William Bradley como culpado pelo crime.
Muhammad Abdul Aziz com sua família, celebrando a liberdade, 55 anos depois
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Também conhecido como Talmadge X Hayer, Halim era membro da Nação do Islã, grupo islâmico do qual Malcolm X havia se desligado recentemente quando do assassinato, e em 1977 confessou que ajudou a realizar o crime como vingança por críticas de X contra Elijah Muhammad, líder da Nacão. Halim não somente confirmou a inocência de Muhammad Abdul Aziz e Khalil Islam, como também apontou para Bradley como o provável responsável pelo tiro fatal. A reabertura, no entanto, ainda não explicou o motivo de tantas falhas na condução do caso, nem concluiu sobre os verdadeiros culpados.
Malcolm X foi um dos mais importantes nomes da luta pela liberdade e os direitos da população negra
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