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A cultura zapoteca teve uma grande influência na vida de Frida Kahlo. A pintora mexicana, cuja ligação familiar com os zapotecas veio por parte de sua mãe, usava a arte e as referências zapotecas em suas obras e em sua vida pessoal mesmo, fosse na forma como pensava ou nas roupas que vestia.
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O estado de Oaxaca, no México, guarda em seu dia a dia muito da cultura Zapoteca. A civilização indígena, que habitou por ali entre os anos de 700 a.C e 1521 d.C, era fortemente matriarcal e, até hoje, é possível perceber a influência da sociedade organizada por mulheres da região.
Os zapotecas eram conhecidos por seus trabalhos com conchas, ouro, sal, peles de algodão, especiarias e outros produtos naturais. Eles eram uma sociedade com um olhar voltado à arte e a toda forma de cultura.
Acima de tudo, eram uma sociedade com mulheres fortes desenvolvendo um papel importante dentro da comunidade. Eram comerciantes que se estruturaram dentro de um modelo de negócios que ainda respira até hoje.
“O comércio deu dinheiro a elas e isso lhes deu autoridade e poder de decisão para administrar uma casa. Isso permitiu que não dependessem de ninguém ou que fossem exploradas“, conta a historiadora Letícia Reina.
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Frida buscava na cultura zapoteca as referências do México pré-colonial para falar sobre suas raízes e, especialmente, sobre as verdadeiras raízes mexicanas, a verdade expressão cultural do país.
Para entender o quão à frente de seu tempo estavam, mesmo naquela época, o povo zapoteca já reconhecia a existência de três gêneros, por exemplo: o feminino, o masculino e o muxe, termo usado para se referir àqueles que haviam nascido homens, mas se comportavam de forma diferente, de maneiras associadas às mulheres. Os muxes eram vistos como um terceiro gênero separado.
De acordo com a pesquisadora e antropóloga Beverly Chiñas, para a cultura zapoteca, “a ideia de escolher o gênero ou a orientação sexual é tão ridícula quanto sugerir que se pode escolher a cor da pele”.
Toda mentalidade progressista do zapotecas iam ao encontro da forma como Frida enxergava o mundo. Frida usava muito um lenço conhecido como rebozo, como uma forma de tributo às mulheres pré e pós-coloniais.
Ao incluir adereços zapotecas em sua forma de vestir — como blusas e vestidos — e misturá-los à moda ocidental, Frida passava a mensagem de que era uma mulher mexicana, orgulhosa de suas raízes e um corpo politizado, mas ainda assim pronta para viver o novo, o diferente.
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